Folha de S.Paulo

EUA investigam se ataques aéreos mataram 200 civis

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DE SÃO PAULO - A coalizão liderada pelos Estados Unidos contra a facção terrorista Estado Islâmico afirmou nesta sextafeira (24) que investiga os relatos de que bombardeio­s teriam matado cerca de 200 civis em Mossul, no norte do Iraque.

A segunda maior cidade iraquiana é palco de uma batalha entre as forças de Bagdá, apoiadas pela coalizão internacio­nal, e a milícia terrorista. Cada vez mais enfraqueci­da em Mossul, a facção se concentra na zona oeste da cidade.

Os relatos de civis mortos após os ataque aéreos são similares aos reportados na Síria. Na semana passada, as forças militares dos EUA admitiram a realização de um bombardeio que atingiu uma mesquita na província de Aleppo e deixou 46 mortos —segundo os EUA, porém, a mesquita não era o alvo, e sim posições da rede terrorista Al Qaeda. DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS - O ex-ditador do Egito Hosni Mubarak foi solto nesta sexta-feira (24), por determinaç­ão da mais alta corte do país, seis anos após ter sido deposto.

Mubarak, 88, estava em um hospital militar no Cairo, onde cumpria uma pena de três anos de prisão por corrupção em outro processo.

A Justiça do país já havia decidido absolver o ex-ditador no início deste mês pela morte de manifestan­tes durante os protestos que levaram à sua deposição, em 11 de fevereiro de 2011.

Mubarak, seu ministro do Interior e seis auxiliares foram condenados em 2012 à prisão perpétua. O veredicto, no entanto, foi anulado dois anos depois em razão de falhas técnicas no julgamento.

No início do mês, pedidos das vítimas para reabrir os inquéritos, esgotando a possibilid­ade de recursos.

Centenas de manifestan­tes foram mortos pelas forças de segurança durante os protestos contra o regime de Mubarak, que fizeram parte do levante popular conhecido como Primavera Árabe.

As manifestaç­ões levaram à renúncia do mandatário, colocando fim a um regime de três décadas de duração e abrindo o caminho para eleições livres no país. SUCESSOR O primeiro presidente eleito no Egito, o islamita Mohammed Mursi, foi porém deposto em um golpe militar em 2013, após ser alvo de diversos protestos no país.

Ele cumpre pena de prisão perpétua por espionagem e vazamento de segredos de Estado para o Catar.

Diversos outros líderes de seu grupo, a Irmandade Muçulmana, também foram presos após sua deposição.

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Felipe Dana/Associated Press Moradores da zona oeste de Mossul carregam corpos de civis mortos após ataque aéreo IRAQUE

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