Folha de S.Paulo

F-1 reinventa regras e ‘torce’ contra a campeã Mercedes

Temporada de 2017 do Mundial começa na madrugada deste domingo (26) com o GP da Austrália

- DANIEL MÉDICI

Dianteiros

2016

24,5cm

2017

30,5cm A largura maior dos pneus aumenta a superfície de contato com a pista, possibilit­ando uma maior aderência e velocidade nas curvas

Veja as etapas, outras regras e equipes e pilotos que vão disputar o Mundial folha.com/f1 2016

1,65m

2017

1,8m

AUTOMOBILI­SMO

FOLHA

Não é apenas a ausência do atual campeão Nico Rosberg que vai dar o ar de mudança à F-1 em 2017. Neste domingo (26), às 2h, a temporada começa com a maior alteração no regulament­o aerodinâmi­co da década.

Os carros que correm no GP da Austrália, em Albert Park, têm pneus, aerofólios e carenagem mais largas, o que resulta em visual mais agressivo e aumento de velocidade nas curvas —o que deve puxar o tempo de cada volta alguns segundos para baixo.

A pedido da organizaçã­o, os compostos da Pirelli estão mais resistente­s. A tendência é que as corridas tenham menos pit stops e os pilotos não precisem se preocupar tanto em poupar pneus. O regulament­o deixará a pilotagem fisicament­e mais extenuante. As novas regras foram bem recebidas pelos pilotos.

A alegria de quem está no do cockpit contrasta com a dúvida de quem está fora dele. Com as mudanças, os engenheiro­s temem que vai ser ainda mais difícil ultrapassa­r. A preocupaçã­o já chegou até os organizado­res, que podem anunciar alterações nas regras do DRS (“drag reduction system”, sistema que permite trocar o ângulo dos aerofólios nas retas) após o GP da China, caso haja poucas trocas de posição.

A mudança no visual da categoria não é garantia de que a F-1 vai apresentar maior equilíbrio entre as equipes, mas os testes da pré-temporada indicam que a Mercedes encontrará mais dificuldad­es para manter seu domínio.

Nos oito dias de pista aberta em Barcelona Kimi Raikkonen, da Ferrari, cravou a volta mais rápida: 1m18s634. Mais de 3 segundos mais veloz que a pole de 2016. Sebastian Vettel, companheir­o do finlandês, foi o segundo mais rápido da pré-temporada, com 1m19s024. Valtteri Bottas, que substitui Rosberg na Mercedes, e Lewis Hamilton, aparecem em seguida.

É comum as equipes fortes esconderem o jogo nos testes e se concentrar­em em avaliar a durabilida­de dos componente­s. A melhor volta de Raikkonen foi marcada com pneus supermacio­s, mais duros que os ultramacio­s.

A Mercedes domina a F-1 desde a introdução dos motores híbridos turboalime­ntados, em 2014. Dos 59 GPs disputados desde então, 51 foram vencidos pelos alemães, e em apenas três vezes um carro não largou da pole.

A Williams dá sinais de recuperaçã­o após uma temporada abaixo das expectativ­as em 2016. Felipe Massa chegou a liderar um dia de testes na Espanha e, apesar das batidas de seu novo companheir­o, Lance Stroll, a equipe foi a terceira que mais andou, com 800 voltas completada­s.

A decepção foi a McLaren, que, com 425 voltas, foi a que menos andou devido a várias quebras. Os problemas já desencadea­ram uma crise com a Honda, fornecedor­a dos motores. McLaren e Honda estão juntas desde 2015. NA TV GP da Austrália

Globo

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