Assinantes recebem hoje Folha e ‘Estado’
DE SÃO PAULO
Maria de Fátima dos Santos, 62, teve a ajuda de um vizinho para buscar uma antena UHF e um conversor digital para sua TV de tubo.
Moradora do bairro de Guarapiranga, zona sul de São Paulo, ela estava prestes a ser uma das “vítimas” do fim do sinal analógico, desligado na madrugada desta quinta (30) na Grande São Paulo.
O sinal analógico só poderia ser interrompido depois que mais de 93% dos domicílios da região estivessem com televisores capazes de funcionar pelo novo padrão.
Segundo pesquisa realizada pelo Ibope, 90% dos lares estavam dentro das regras. O percentual chegava a 95% se fossem consideradas as casas com TV por assinatura e antena parabólica.
Uma das medidas para acelerar a chegada da TV digital a mais lares foi a distribuição de kits com conversores e antenas, como o recebido por Santos.
Na Grande São Paulo, 2 milhões de beneficiários de programas sociais do governo —como Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida, por exemplo— têm direito aos equipamentos gratuitamente.
Até esta quarta-feira (29), 1,1 milhão havia sido entregue e outras 200 mil pessoas haviam agendado a retirada dos aparelhos.
A distribuição prossegue por pelo menos mais 45 dias, de acordo com a empresa Seja Digital, criada por determinação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) pelas operadoras de telefonia celular.
“Se custasse R$ 10 [o conversor digital], ia ficar caro. Um vizinho comprou na Santa Ifigênia e estava vendendo por R$ 150”, conta Santos.
Comprar uma nova TV estava fora dos planos. Ela não sabe dizer quantos anos tem a televisão de sua sala, herdada da avó paterna de seu neto. “É bem antiga.”
Desde que o aparelho foi instalado, no começo do mês, a TV ficou melhor, sem chuviscos, afirma.
No quarto, a segunda TV da casa viverá o apagão de sinal e servirá apenas para assistir a filmes no DVD a partir desta quinta.
Na sexta-feira (24), a Folha foi a um dos pontos de retirada dos kits de TV Digital, no centro da cidade.
Além de receber o aparelho, o beneficiário podia assistir a um treinamento para a instalação da antena e do receptor.
Marina Barbosa dos Santos, 32 anos, carregava o kit. Tem uma TV tela plana em casa, mas mesmo assim achou que precisaria do aparelho. Descobriu, ao retirar os equipamentos, que não seria necessário.
“A minha irmã precisa e não tem direito [ao kit gratuito], vou dar para ela”, afirma.
Luciana Tavares Dantas estava na posição inversa. Tem uma TV antiga e estava usando um conversor cedido pela irmã. “Agora vou poder devolver”, diz.
Ação promove acordo BM&FBovespa-Cetip
Os assinantes da Folha na Grande São Paulo e em algumas cidades do interior paulista recebem nesta quintafeira (30) uma embalagem contendo, além de sua edição diária, um exemplar do jornal concorrente “O Estado de S. Paulo”.
Da mesma maneira, assinantes do “Estado” recebem a Folha.
Trata-se de uma ação publicitária promovida pela B3, nova companhia que nasce a partir da combinação de atividades entre a BM&FBovespa e a Cetip.
O negócio de R$ 12 bilhões foi anunciado no primeiro semestre do ano passado e aprovado pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) no dia 22 deste mês.
“Essa iniciativa vem falar do benefício da combinação de duas grandes organizações, que vai gerar uma companhia maior, com mais valor e ganhos exponenciais para o mercado”, diz Luciano Deos, diretor-presidente do GAD, consultoria responsável pelo desenvolvimento da marca da empresa resultante da união entre BM&FBovespa e Cetip e pela campanha de lançamento.
“Por isso pensamos em juntar duas grandes forças da mídia para mostrar qual é a força da combinação”, afirma Deos. OUTRAS INICIATIVAS A ação publicitária desta quinta-feira se soma a outras iniciativas inovadoras já desenvolvidas em edições anteriores da Folha, como a impressão de um anúncio gigante para a Embraer, equivalente a 20 páginas de jornal, para homenagear o Dia do Aviador, e a edição pintada de azul para marcar o Dia Mundial da Água na campanha da Ambev.
O jornal também já abrigou anúncios com dobraduras que saltam ao folhear as páginas, para marcas como Claro e Volkswagen, além de páginas com aromas para a marca O Boticário.
De acordo com Marcelo Benez, diretor-executivo comercial do jornal, “casos como estes reforçam a importância, o impacto e o dinamismo do jornal como ferramenta publicitária”.
“Para a Folha, é uma satisfação contribuir para o sucesso deste projeto histórico”, diz o executivo.