Maduro pede e Justiça suspende intervenção
Depois de fim de ação contra Parlamento, Mercosul ameaça com expulsão
Acuado por duras críticas internas e externas, além de ameaça de dissidências, o presidente Nicolás Maduro pediu e o Judiciário da Venezuela recuou, suspendendo a intervenção no Parlamento do país que havia sido decidida na quinta-feira (30).
O Supremo do país é alinhado ao regime chavista.
Já o Legislativo é dominado pela oposição a Maduro.
Horas depois, os chanceleres do Mercosul anunciaram a ativação da chamada cláusula democrática do bloco, que pode levar à expulsão de um membro que rompeu a ordem institucional. Para eles, é o caso da Venezuela, que já está suspensa da entidade.
Foi ressaltado, contudo, que o Mercosul deseja uma solução negociada, e que não estava expulsando Caracas.
O Supremo venezuelano também anulou decisão que conferia ao presidente amplos poderes para legislar em matéria de crime organizado e terrorismo, alvo de críticas por parte da oposição.
Cortejo do caixão com o corpo do líder Rodrigo Quintana em Assunção, no Paraguai
O anúncio ocorreu antes da realização de protestos já marcados no país contra o governo e a manobra do Judiciário, que foram mantidos.
Maduro afirmou querer “manter a estabilidade institucional”, negou ter inspirado um golpe e queixou-se de ter sofrido um “linchamento político”.