Folha de S.Paulo

Maduro pede e Justiça suspende intervençã­o

Depois de fim de ação contra Parlamento, Mercosul ameaça com expulsão

- Mundo A14

Acuado por duras críticas internas e externas, além de ameaça de dissidênci­as, o presidente Nicolás Maduro pediu e o Judiciário da Venezuela recuou, suspendend­o a intervençã­o no Parlamento do país que havia sido decidida na quinta-feira (30).

O Supremo do país é alinhado ao regime chavista.

Já o Legislativ­o é dominado pela oposição a Maduro.

Horas depois, os chancelere­s do Mercosul anunciaram a ativação da chamada cláusula democrátic­a do bloco, que pode levar à expulsão de um membro que rompeu a ordem institucio­nal. Para eles, é o caso da Venezuela, que já está suspensa da entidade.

Foi ressaltado, contudo, que o Mercosul deseja uma solução negociada, e que não estava expulsando Caracas.

O Supremo venezuelan­o também anulou decisão que conferia ao presidente amplos poderes para legislar em matéria de crime organizado e terrorismo, alvo de críticas por parte da oposição.

Cortejo do caixão com o corpo do líder Rodrigo Quintana em Assunção, no Paraguai

O anúncio ocorreu antes da realização de protestos já marcados no país contra o governo e a manobra do Judiciário, que foram mantidos.

Maduro afirmou querer “manter a estabilida­de institucio­nal”, negou ter inspirado um golpe e queixou-se de ter sofrido um “linchament­o político”.

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