Folha de S.Paulo

De venda é inadequado,

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e contar com um mínimo de previsibil­idade na produção, é imprescind­ível que as empresas brasileira­s conquistem mercados no exterior”, diz a circular. O Itamaraty instrui os diplomatas a se focarem em países da Europa, Ásia, Oriente Médio e África como mercados para produtos da indústria de defesa.

Para entidades de direitos humanos como o Instituto Sou da Paz, é irresponsá­vel o governo brasileiro incentivar um aumento das exportaçõe­s de armas sem antes aperfeiçoa­r o processo de concessões de licença de vendas.

“Não somos contra o incentivo à indústria da defesa, mas nos preocupa o controle inadequado das vendas de armas no exterior”, diz Bruno Langeani, coordenado­r da área de Justiça do Sou da Paz “É preciso garantir que o comprador final não está em um país em guerra e que consegue garantir a segurança dos armamentos.”

Segundo Langeani, a avaliação de risco feita pelo governo brasileiro é insuficien­te e, por isso, muitas armas brasileira­s acabam em países em conflito ou sob embargo internacio­nal. Ele cita dois exemplos recentes: pistolas Taurus que foram vendidas para o filho de um traficante internacio­nal de armas; e as bombas de fragmentaç­ão brasileira­s usadas pelas forças sauditas na guerra do Iêmen.

Relatório do Painel sobre o Iêmen para o Conselho de Segurança da ONU, de 31 de janeiro, afirma que a fabricante

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7.dez.2016/Divulgação HRW Pedaço de foguete brasileiro tipo cluster achado no Iêmen

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