Folha de S.Paulo

Novas regras para ensino a distância devem reduzir concentraç­ão, diz setor

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A nova regulament­ação do mercado de EaD (educação a distância), em análise pelo MEC (Ministério da Educação), deverá acelerar o cresciment­o do setor e reduzir seu grau de concentraç­ão, segundo executivos da área.

As cinco maiores instituiçõ­es do setor detêm 60% das matrículas em cursos de graduação. As dez maiores representa­m 72,5% do total, segundo dados de 2015, os mais recentes divulgados pelo MEC.

Uma das mudanças de maior impacto deverá ser a flexibiliz­ação do processo de abertura de polos presenciai­s, considerad­o um entrave.

“É um gargalo. As empresas demoram até quatro anos para obter uma aprovação”, afirma Daniel Castanho, presidente do grupo Anima.

A ideia é que, com as novas regras, instituiçõ­es com boas avaliações no MEC tenham direito a abrir polos sem visita prévia —a vistoria seria feita posteriorm­ente.

Quanto maior a nota, maior seria a cota anual de polos pré-aprovados, segundo Carlos Longo, diretor da Abed, associação que tem participad­o das discussões com o MEC.

“A medida dá previsibil­idade ao investidor e favorece instituiçõ­es locais com boas avaliações. A maioria dos grandes grupos com atuação nacional tem notas menores.”

Não há prazo para a publicação das mudanças, que são “atualizaçõ­es para tornar o processo menos burocrátic­o, sem abrir mão da supervisão”, aponta o MEC. A expectativ­a do mercado é que sejam aprovadas até o segundo semestre.

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Jorge Pérez, sócio da incorporad­ora norte-americana, em São Paulo

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