Diretor de teatro, formou gerações de atores
Seria difícil imaginar Mariozinho em outra que não a carreira artística, dizia ele próprio, sendo filho e sobrinho dos músicos Mario e Sylvia Telles e vendo de casa os primórdios da bossa nova.
O Mariozinho menino, que ouvia deslumbrado as gravações do pai, cresceu e se tornou importante no teatro carioca, mas não abandonou o diminutivo do nome.
Difusor do Teatro do Oprimido, método cênico, pedagógico e político que inclui o espectador na cena, fundou, a companhia Teatro de Roda em 1983, que tem o repertório popular, como brincadeiras de roda, como base.
Além de ator, diretor e produtor, também foi professor de teatro, trabalhando com formação de indivíduos em comunidades pobres.
“Ele era muito engajado. Sempre foi um agregador, nunca gostou de se desentender com ninguém. Era querido em todo o Rio”, conta a companheira Maria Rita Rezende, com quem dividiu os palcos e a vida por 20 anos.
Fez participação em filmes e novelas, além de trabalhar por dez anos como diretor carnavalesco, diz a mulher.
Se preparava para estrear, neste mês de abril, os espetáculos “Romeu e Julieta” e “Antígona”, com o Teatro de Roda, mas precisou se ausentar dos ensaios nos últimos meses para tratar um câncer.
Morreu no último domingo (26), deixando a mulher, um enteado e uma legião de aprendizes e admiradores.
Questionada se haverá alguma cerimônia em homenagem a Mariozinho, Maria Rita responde: “Toda a temporada do Teatro de Roda. Mariozinho nos ensinou que o show não pode parar.” coluna.obituario@grupofolha.com.br
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