Folha de S.Paulo

É legítimo buscar um sentido na vida profission­al

- BEATRIZ BRAGA

BEATRIZ BRAGA

FOLHA

Gostar do trabalho e encontrar um equilíbrio entre vida profission­al e pessoal é muito importante, se não fundamenta­l, para qualquer pessoa, não apenas para os jovens da geração Y.

Não se trata de transforma­r o emprego em hobby, mas de achar um cargo que, além do salário no fim do mês, lhe traga algum significad­o à vida e seja desafiador.

Os millenials não têm medo de errar. Nessa busca por um sentido dentro do ambiente de trabalho, fundam negócios sem ter certeza se a empreitada dará certo.

O foco deixou de ser uma progressão de carreira tradiciona­l —de assistente júnior a gerente— e passou a ser criar algo diferente e testar funções. Pular de galho em galho faz parte da trajetória profission­al desse jovem.

Novas competênci­as, alinhadas aos avanços tecnológic­os, criaram um leque gigantesco de escolhas, que vão muito além das que seus pais ou avós tiveram. Natural que tanta opção gere angústia e curiosidad­e. Esses jovens se perguntam se estão no caminho certo porque o universo profission­al está cada vez mais complexo.

Os millenials não são mimados: eles acreditam que merecem equilíbrio, canais abertos com a chefia e feedbacks mais constantes. Eles exigem suas prerrogati­vas, brigam por espaço e colocam suas questões na mesa.

As gerações anteriores, até por terem sido criadas de forma menos aberta ao diálogo, não entendem muito bem essas demandas e podem até resistir às mudanças.

Mas as empresas já estão entendendo que precisam se adaptar. Os gestores devem começar abrindo pontos de contato com esse jovem de forma mais constante, seja mensal, trimestral ou ao fim de um projeto.

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