PAINEL DO LEITOR
A seção recebe mensagens pelo e-mail leitor@grupofolha.com.br, pelo fax (11) 3223-1644 e no endereço al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900. A Folha se reserva o direito de publicar trechos. João Doria Estou muito decepcionada com o prefeito João Doria. Ele fala que o compromisso dele é com Geraldo Alckmin, não com os eleitores, quando menciona que pode deixar a prefeitura para se candidatar ao governo do Estado de São Paulo em 2018 (“Doria tem aprovação recorde, mas 20% já o rejeitam em SP”, “Cotidiano”, 9/4). Votei nele para prefeito, mas não votarei em hipótese alguma para governador ou qualquer outro cargo eletivo. Estou indignada, me sinto usada!
REGINA CUTIN
O prefeito João Doria, a meu ver, vem fazendo o máximo e o que é possível na cidade de São Paulo, haja vista a situação calamitosa deixada por seu antecessor, Fernando Haddad. Outrossim, entendo que ele deve cumprir seu mandato até o fim, como prometido, jamais incorrendo no fatídico erro cometido por José Serra, nunca esquecido pelos paulistanos.
TOYOMI ARAKI
Bloqueio de estrada Antes de o país “inventar” novos problemas, como tem feito o atual governo, deveríamos nos debruçar sobre os problemas reais já existentes, como o que a Folha abordou na reportagem sobre conflito envolvendo indígenas, produtores rurais e o governo de Roraima (“Autoridades de RR contestam bloqueio de estrada por índios”, “Poder”, 9/4). Há décadas esse problema persiste, mas os governos têm fingido não vê-lo. Já passou da hora de resolver, seja qual for a decisão. Parabéns ao jornalista Marcelo Toledo por tocar nessa ferida.
MOACYR LIMA VIEIRA,
Tributação O editorial da Folha deste domingo (“Tributar com justiça”, “Opinião”, 9/4), pretensamente defendendo maior justiça tributária, perde toda sua pretensa seriedade ao nem sequer mencionar o imposto sobre grandes fortunas, criado pela Constituição Federal há quase três décadas e ainda não instituído no Brasil. O silêncio eloquente ao menos tem o mérito de, nessa questão de maior justiça no pagamento de impostos entre pobres e ricos, revelar de que lado o jornal está.
ANTONIO MACHADO NETO
Saúde Imunidade para igrejas Parabéns à engenheira Gisele Helmer pela iniciativa de propor o fim da imunidade tributária para entidades religiosas, mais uma das excrescências da “Constituição Cidadã”. Na verdade, assim como os partidos políticos, as igrejas tornaram-se um balcão de negócios —alguns deles escusos, registre-se—, muito distantes do objetivo de propagação da fé. Fiquemos alertas à tramitação do projeto no Senado (“Proposta no Senado quer fim de isenção fiscal para igrejas”, “Poder”, 9/4).
PAULO DE TARSO JACQUES DE CARVALHO,
Colunistas Triste a constatação de Tom Nichols e magistral a coluna de Hélio Schwartsman (“Adeus à razão”, “Opinião” 9/4). Vivemos num mundo que favorece não apenas o antirracionalismo, mas também a extrema polarização, criando as tribos histéricas a que o colunista se refere. Essa coluna deve ser lida com a de Vladimir Safatle (“Terminar com a representação”, “Ilustrada”, 7/4), onde, de forma equivocada, ele propõe a substituição do Congresso pela votação direta aos projetos de lei. Com a polarização da grande maioria dos cidadãos, seria receita para o desastre.
LUIZ DANIEL DE CAMPOS
Gostaria de manifestar a minha admiração por André Singer. Humildemente, faço uma sugestão a ele: ao escrever suas colunas, que procure ter uma visão mais neutra do aspecto político, pois, com sua inteligência e capacidade, produzirá grandes conteúdos. Na hora em que ele politiza um artigo, tem apreciação apenas na emoção partidária de cada um, o que não contribui para uma sociedade plural e mais democrática (“Lula candidato”, “Opinião”, 8/4).
EDVALDO SILVA
Sou leitor assíduo da Folha desde tenra idade . O jornal sempre se renovou e se renova, e a coluna de Marcius Melhem é prova disso (“A primeira vez”, “Ilustrada”, 9/4). Ele, que tem se mostrado um sopro de vida na comédia televisiva nacional, nos trouxe um debute que espelha o respeito que a Folha merece.
ALESSANDRO COUTINHO