Rússia e Irã manifestam apoio a Assad contra EUA
Países dizem que irão responder a agressões
Um centro de comando conjunto composto pelas forças da Rússia e do Irã e por milícias que apoiam o ditador sírio, Bashar al-Assad, disse que o ataque americano a base aérea síria na sexta (7) ultrapassou limites e que responderia a novas agressões apoiando o aliado.
Os EUA dispararam 59 mísseis contra o local do qual teria partido, segundo autoridades americanas, um ataque com armas químicas na terça-feira (4), intensificando seu papel na Síria e atraindo críticas dos aliados de Assad, incluindo Rússia e Irã.
“O que a América fez foi ultrapassar limites. Vamos responder com força a qualquer agressor e violação dos limites, e os EUA sabem da nossa habilidade em responder”, disse o comunicado publicado pelo grupo no meio de comunicação Ilam al-Harbi.
O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, disse que a passividade russa contribuiu com o ataque e Moscou fracassou em levar a cabo o acordo de 2013 contra armas químicas na Síria.
Ele afirmou que os EUA esperavam que a Rússia assumisse uma posição mais dura em relação a Assad, inclusive com uma reavaliação da aliança entre os dois países.
O presidente russo, Vladimir Putin, e o do Irã, Hassan Rouhani, disseram que as ações agressivas dos EUA contra a Síria “violam as leis internacionais”, informou o Kremlin neste domingo.
Os dois líderes pediram uma investigação objetiva sobre os incidentes envolvendo armas químicas e se disseram prontos para cooperar no combate ao terrorismo.
O presidente iraniano enfatizou o apoio do país à Síria no que foi chamado de guerra contra o terrorismo durante um telefonema a Assad feito neste domingo (9), no qual disse que o ataque com mísseis dos EUA é uma violação à soberania síria.
A Sana, agência oficial de notícias síria, afirmou que Assad disse a Rouhani que a população e o Exército estavam “determinados a esmagar o terrorismo em todo o território” e agradeceu pelo apoio.
Os EUA lançaram um ataque com mísseis na sexta-feira (noitre de quinta-feira, dia 6, em Brasília) contra uma base aérea síria em resposta à ação com armas químicas que matou mais de 80 pessoas, incluindo 31 crianças.
Washington acusou o regime sírio pelo ataque.
O governo de Bashar al-Assad nega ter envolvimento no ataque químico.