Suspeito de atentado na Suécia teve asilo rejeitado
Após negativa, uzbeque de 39 anos recebeu intimação para deixar o país
COMO TODO domingo, assessores de Trump deram entrevistas às redes —e bateram cabeça. O secretário de Estado falou à ABC que Assad pode continuar, a embaixadora na ONU falou à CNN que não.
Já os jornais tentaram explicar o ataque à Síria, com o “New York Times” descrevendo a “doutrina” Trump como marcada por “improvisação”.
Um efeito do ataque, diz o
Carne fraca No início da noite no “FT”, “China oferece concessões para evitar guerra comercial com EUA”. Entre elas, liberar a importação de carne americana, que passaria a concorrer com a brasileira.
Gradual O mesmo “FT” defendeu que “o Brasil ainda é o emergente mais interessante para os investidores”, mas eles precisam ficar atentos à Reforma da Previdência. E o “Wall Street Journal” reafirmou, citando carros e inflação: “Continuamos a ver sinais de recuperação gradual no Brasil”. “NYT”, foi que os EUA paralisaram ações contra o Estado Islâmico por temer represália russa. Veio domingo e o EI matou cristãos no Egito. E na CBS o secretário de Estado saiu falando que o objetivo é derrotar o EI, não Assad.
Em meio à confusão, o “Financial Times” manchetou que “Trump manda portaaviões para a Coreia”, onde o ditador é amigo da China.
Guerra às drogas... O “Washington Post” publicou longa reportagem sobre o programa de retomada, pelo governo Trump, da chamada “guerra às drogas”, começando pelos próprios EUA.
...E à Rússia na AL O “WP”, jornal mais atento à comunidade americana de inteligência, também destaca que “a Rússia está de volta” à América Latina. Em despacho enviado da Nicarágua, afirma que “a Rússia intensificou laços econômicos com vários países, inclusive México e Brasil”.
Polícia prende segundo suspeito ligado ao ataque; britânico e belga estavam entre os quatro mortos
O principal suspeito pelo atentado terrorista da última sexta (7) em Estocolmo, na Suécia, um cidadão do Uzbequistão de 39 anos, teve seu pedido de asilo rejeitado e recebeu em dezembro um prazo de quatro semanas para deixar o país, informou a polícia sueca neste domingo.
O homem, cujo nome não foi revelado, foi indiciado pelo ataque neste sábado, informou a polícia da cidade.
“Sabemos que ele mostrava interesse por organizações como o EI”, afirmou o chefe da polícia nacional Jonas Hysing, em entrevista coletiva na sede das forças de segurança, em Estocolmo.
Ele havia solicitado residência permanente em 2014, mas a Agência de Migração da Suécia indeferiu seu pedido em julho de 2016.
Ainda não há informações sobre as circunstâncias que levaram o uzbeque à Suécia nem como ele se radicalizou.
A polícia tentou encontrálo em fevereiro deste ano para fazer cumprir sua ordem de saída do país, mas ele estava foragido, afirmou Hysing. Na última sexta, dia do ataque, o homem foi preso pela suspeita de dirigir o caminhão roubado usado para atropelar as vítimas.
No sábado, a polícia encontrou um artefato suspeito dentro do veículo. “Ainda não sabemos dizer se é uma bomba”, afirmou o diretor da polícia sueca Dan Eliasson.
O ataque terrorista na capital sueca deixou quatro mortos e 15 feridos, sendo nove adultos e uma criança.
Neste domingo, a polícia divulgou mais informações sobre as vítimas do atentado: dois suecos, um britânico e um belga, informou Jan Evensson, comandante das forças de segurança locais.
O pai da vítima britânica, Chris Bevington, 41, confirmou o filho entre os mortos.
Bevington era gerente do serviço de streaming de música Spotify. Em nota, o fundador da empresa, Daniel Ek, manifestou consternação pela morte do funcionário.
A polícia sueca não divulgou informações sobre as outras vítimas do atentado.
Autoridades locais informaram neste domingo que mais uma pessoa foi presa em caráter preventivo por conexão com o ataque, mas não especificou qual seu vínculo com o principal suspeito.
Na capital, Estocolmo, milhares foram as ruas entre sábado e domingo para fazer vigília pelas vítimas próximo ao local dos atropelamentos. A “manifestação do amor” foi convocada nas redes sociais.
Está programada para esta segunda (10) nova vigília, anunciada pelo primeiro-ministro Stefan Lofven, que depositou flores na última loja atingida pelo caminhão.
O único outro atentado sofrido pela Suécia aconteceu em 2010, quando um suicida detonou explosivos na rua, ferindo dois pedestres.