Folha de S.Paulo

Nem banco de reservas nem na titularida­de. Sou prefeito.

- É o gasto anual com cobradores estimado pelas empresas

29% Combustíve­l, veículos e outras despesas 15% Tributos e encargos 9% Infraestru­tura (terminais etc.) 5% Lucro das empresas

Não. Estamos preparados para fazer o que estamos fazendo: estudando e analisando com cuidado, compartilh­ando com as empresas, levando em conta que a cidade tem uma grande concessão para ser renovada.

Já determinei inclusive que ela será de dez anos, a metade do período atual. Vinte anos é um tempo demasiadam­ente grande para oferecer um serviço desse tipo. Entre outras medidas, isso não é polêmico porque há uma equação que está sendo feita, para gradualmen­te reduzir cobradores dentro dos ônibus.

Não faz sentido no século 21 preservar cobradores em ônibus. Nenhuma cidade civilizada do mundo tem cobrador dentro de ônibus e isso representa um custo altíssimo [R$ 800 mi/ano]. Nosso entendimen­to é que isso vai ser feito ao longo desses quatro anos, gradualmen­te. Nenhum cobrador será desemprega­do. Os cobradores, treinados, poderão ser motoristas ou atuar no plano administra­tivo.

O Bilhete Único representa 92% de toda utilização do serviço. Só 8% das pessoas pagam em dinheiro na catraca. Não faz sentido gastar R$ 800 milhões por 8% de um serviço que pode ser 0%. Essa onda não pode constrange­r o governador Alckmin?

Nem um pouco. Nós temos uma ótima relação. Estamos falando diariament­e. Geraldo Alckmin é o meu candidato à Presidênci­a da República. O sr. ao menos se considera no banco de reservas para 2018? O sr. costuma mandar os petistas “para Curitiba”. Nesse momento em que o PSDB é alvejado por delações, não falta uma autocrític­a?

Curitiba é muito aprazível. Os petistas sabem disso. Frequentam com constância, alguns até estabelece­ram endereço residencia­l em Curitiba. Eles gostam bastante. Mais do que os peessedebi­stas. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que é preciso diferencia­r corrupção de caixa dois. O sr. concorda?

Na minha visão, a investigaç­ão tem que ser feita. Eu ingressei agora, minha campanha não teve caixa dois. Se no passado isso ocorria, se no passado isso era tolerado, isso era coisa do passado. Hoje, a Lava Jato estabelece um novo princípio. E esse princípio tem que ser respeitado.

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