Folha de S.Paulo

A uma gestão diferencia­da, eficiente e ampla. Qualquer índice tão positivo como esse aumenta muito a responsabi­lidade.

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Folha - O sr. completa quase cem dias de administra­ção com aprovação recorde. A que atribui esse resultado?

João Doria - Mas a reprovação subiu de 13% para 20%. Isso preocupa?

A pesquisa reproduz um momento bastante bom, mas que faz com que você tenha reflexão sobre acertos e o que não acertou. Mas se cristalizo­u num período curto claramente uma posição nossa antipetist­a e, com isso, aqueles que têm uma posição ideológica e partidária mais à esquerda, seja no PT, PSOL, PC do B, já sentem certa objeção, independen­temente de estarmos acertando ou não. Da outra parte, temos que analisar com humildade e verificar onde temos que melhorar. De onde viria a outra parte?

O cidadão não está analisando se a gente tem recurso ou não, se o caixa da prefeitura é suficiente ou não. Ele quer ação, quer respostas e ele tem o seu direito. Uma aposta do sr. é a zeladoria, mas no começo do ano estava varrendo menos do que o seu antecessor, o número de buracos tapados não subiu, o serviço de queixas 156 não funciona bem. Não está aquém do esperado?

Minha visão continua sendo extremamen­te crítica. Temos que funcionar [no 156]: atender, realizar as demandas e comunicar a população. Toda semana tapamos mais de 5.000 buracos, por aí vocês podem imaginar quantos buracos ficaram da gestão anterior, foram milhares. Mas não adianta ficar culpando a gestão anterior. Sobre o lixo, não houve redução de varrição, houve uma redução de volume de lixo. [Sobre] buracos, temos que ser mais efetivos. Segundo o Datafolha, metade acha que São Paulo está igual a quando o sr. assumiu. Qual é o prazo para resolver buraco, mato alto e semáforo apagado? Quando o sr. vai dizer: ‘Agora é minha responsabi­lidade’? R$ 800/900 milhões Quem paga a conta 67% Pago pelos passageiro­s

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