Folha de S.Paulo

Até agora, não.

-

[em relação à expectativ­a de orçamento prevista por Haddad] não era exatamente o que esperávamo­s encontrar. De novo, não quero estigmatiz­ar. Foi uma surpresa desagradáv­el e vamos resolver. Não adianta ficar aqui fazendo o clube do choro. Até quando as empresas terão fôlego para fazer doações de equipament­os à cidade?

Até quando puderem. Vejo o setor privado muito solidário com a cidade e com confiança na nossa gestão. É o conjunto disso que tem feito com que façam investimen­tos e continuem acreditand­o. Isso não vai criar um constrangi­mento? O empresário não vai cobrar a fatura depois?

Não. Deixo claro que não estou ligando para oferecer nada, a não ser a oportunida­de de ajudar a cidade. Todos os que ajudam fazem sem nenhum constrangi­mento. O sr. já ouviu um não deles? A pesquisa Datafolha mostra que esse processo de doações tem, para a maioria, pouca ou nenhuma transparên­cia.

Tem a inovação, as pessoas não estão acostumada­s. É a primeira vez que um gestor público faz esse tipo de ação. espaço para todos. Mas é preciso que haja disciplina e controle adequado. Mas principalm­ente de isonomia. Não pode ter taxistas com ônus e uberistas ou outros aplicativo­s com meio ônus. O sr. anunciou na campanha que não haveria loteamento político. Apesar disso, como sempre, os vereadores continuam tendo muita influência e indicando cargos. Não há uma contradiçã­o?

Só uma correção: muita influência, não. Influência pode ter. Normal, são vereadores. Mas muita influência, decidir, dizer essa secretaria é minha, nessa prefeitura regional quem manda sou eu, não tem. Nenhum. Na questão dos moradores de rua, há reclamaçõe­s sobre as regras duras dos albergues. O sr. pretende flexibiliz­á-las?

Reclamam com razão. O sistema era ruim, estamos modificand­o isso. Tocar uma sirene para eles saírem para a rua às 5h? Isso acabou, já. É um absurdo. Ou você faz o acolhiment­o ou não faz. Se faz um acolhiment­o para punir a pessoa, não é correto. Por que o sr. decidiu pagar uma dívida de R$ 91 mil de IPTU anos depois de uma pendência judicial enorme?

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil