No rastro da cocaína
Uma polêmica fora das galerias do museu abala a retrospectiva de Hélio Oiticica agora em turnê pelos Estados Unidos. Neville d’Almeida, que foi parceiro do artista na construção de suas “Cosmococas”, instalações com desenhos do rosto de celebridades como Jimi Hendrix e Marilyn Monroe feitos com cocaína, não gostou nada do que leu no catálogo da exposição.
Ele ataca o artigo do crítico Max Jorge Hinderer Cruz, que afirma que o suposto vício do artista na droga teria moldado sua forma de fazer arte. “Apareceu o primeiro delator do Hélio”, diz D’Almeida. “Max é um dedo-duro exibicionista que quer aparecer. É um crítico de segunda que, em vez de ver as coisas de um ângulo mais profundo, vai para a fofoca.”
Hinderer Cruz rebateu D’Almeida com menos agressividade. Ele disse à coluna acreditar que “quando a gente expõe nosso pensamento a uma substância tão poderosa quanto a cocaína, isso tem um efeito, sim”. “Tem algumas pessoas que dizem que o Hélio era viciado, outras que dizem que não era”, acrescentou.
“Quem sou eu para questionar o Neville d’Almeida? Se ele quer colocar outra verdade, ele tem a última palavra.”
Mãos à obra O restaurador Thomas Brixa já entregou ao Itamaraty o laudo sobre as condições de “O Sonho de Dom Bosco”, afresco de Volpi na sede das Relações Exteriores que passará por retoques em breve. Não é grave a situação. E o trabalho ficará pronto em um mês.
Bons drinques Enquanto não são esclarecidas as suspeitas de desvio de verbas da Lei Rouanet no financiamento de uma exposição agora no MAC, o museu já definiu, por meio de licitação, o chef que vai comandar seu restaurante, bar e café.
Bons drinques 2 Marcelo Corrêa Bastos, do Jiquitaia, vai assumir o espaço batizado Vista, que será aberto em agosto. ‘Ecce Homo’ Doze artistas homens, entre eles Hudinilson Jr., terão obras que refletem sobre a masculinidade numa exposição que a galeria Verve inaugura no dia 3 de maio.