CRÍTICA 1º álbum não traz experimentação dos palcos
Som da dupla The Chainsmokers ao vivo é mais visceral que as baladas radiofônicas de ‘Memories… Do Not Open’
Os números estão a favor da dupla The Chainsmokers. Enquanto o hit “Closer” contabiliza mais de um bilhão de visualizações no YouTube, “Something Just Like This”, parceria dos nova-iorquinos com o Coldplay, está em terceiro lugar na parada Hot 100 da Billboard.
Eles ainda aparecem no top 10 com “Paris” (9º) e lideram, junto com o rapper Drake, o Billboard Music Awards, com 22 indicações.
A ironia é que, quando estouraram com a hedonista “#Selfie”, em 2014, Andrew Taggart e Alex Pall pareciam destinados ao vasto panteão dos donos de um hit só.
Numa boa sacada, em vez de explorarem o sucesso repentino no formato álbum, eles optaram por lançar, ao longo dos últimos anos, uma série de EPs salpicados de faixas house-pop.
Filhos da geração streaming, Taggart e Pal moldaram sua identidade musical aos gosto do público. Já com uma base de fãs solidificada e alguns hits na mochila, eles arriscaram na última sexta (7) o début com o disco “Memories… Do Not Open”. CONTANDO OS MINUTOS O título é autoexplicativo. São 43 minutos e 19 segundos de letras ruins (“ela tem sete personalidades/e todas são uma tragédia”), vocais pouco inspirados (a bela melodia de “Bloodstream” perde com a voz sofrível de Taggart) e minimalismo pobre, já que todas as canções se alternam entre “hora de levantar os braços/hora de bebericar o drinque”.
Nota: simplicidade nunca impediu a música pop de cri-