Recontagem mantém vitória de aliado de Correa
Com 51,16%, Lenín Moreno ficou à frente de opositor, que contesta eleição no Equador
A inédita recontagem de 11,2% dos votos do segundo turno da eleição presidencial no Equador confirmou nesta terça-feira (18) a vitória do candidato governista Lenín Moreno, aliado do presidente Rafael Correa.
“Revisamos 3.865 atas, que representam aproximadamente 1.275.450 votos, e a estas se somaram 300.000 votos recontados nas juntas provinciais, e o único que fizemos foi confirmar a vontade cidadã”, disse o presidente do CNE, Juan Pablo Pozo.
A recontagem exigiu cerca de 13 horas e ocorreu em um ginásio de esportes do norte de Quito. No local, centenas de funcionários do CNE, o Conselho Nacional Eleitoral, abriram as urnas impugnadas a pedido do candidato opositor Guillermo Lasso, derrotado na eleição ocorrida no início do mês.
O evento foi transmitido ao vivo do Coliseu Rumiñahui pelos canais de TV estatais, na presença de observadores da OEA e da Unasul (União de Nações Sul-Americanas).
Ao final, o CNE proclamou novamente a vitória de Moreno. Após a recontagem, ele ficou com 5.062.018 votos ou 51,16%, contra 4.833.389 votos ou 48,84% para Lasso.
Antes da recontagem, o placar era quase igual —de 51,15% para Loreno e 48,85% para Lasso.
Ex-executivo do setor bancário e candidato conservador, Lasso classificou as eleições de “fraudulentas” e denunciou irregularidades como “um apagão” no site do CNE que exibia a contagem em tempo real.
Correa atribuiu o “apagão” no site a “ataques de hackers dos EUA” como um “plano da direita para gerar o caos”.
Embora seja o candidato do presidente, Moreno se apresenta como um político de características mais conciliadoras em comparação a seu padrinho político.