Temer substitui agências de propaganda
NBS, Young e DPZ&T venceram licitação aberta em janeiro e fecharam contrato anual de R$ 208 milhões com o Planalto
Anúncio ocorre em meio às críticas de que o governo tem cometido erros em sua estratégia de comunicação
Em meio às críticas de que tem cometido erros na estratégia de comunicação, o governo Michel Temer anunciou nesta terça-feira (25) as três novas empresas de publicidade que cuidarão da imagem da Presidência.
As agências NBS, Young e DPZ&T venceram um processo licitatório aberto em janeiro e fecharam contrato anual de R$ 208 milhões, o maior feito pela Secretaria de Comunicação Social na atual gestão. Pelas regras da licitação, ele pode ser renovado por até cinco anos.
A última colocada no processo de licitação, com a menor nota técnica final, foi a Multi Solution, que teve um certame do qual saiu vencedora suspenso nesta terça. O Banco do Brasil decidiu interromper a licitação e adiar sua homologação após a Folha ter tido acesso antecipado ao resultado do processo.
O anúncio das empresas vencedoras do contrato com a Presidência da República ocorre no momento em que o governo peemedebista tenta reduzir as resistências sociais à reforma previdenciária, sobretudo para aliviar a pressão das bases eleitorais sobre deputados governistas.
Nos bastidores, deputados e senadores governistas têm feito a crítica de que o presidente tem perdido “a batalha da comunicação” sobre as mudanças na aposentadoria para partidos de oposição.
“É preciso combater, se me permitem a expressão, as inverdades que se dizem em relação à Previdência”, criticou nesta terça o presidente em encontro com governadores.
Para blindar a base aliada, o governo iniciará nos próximos dias ofensiva no Nordeste, região considerada o principal reduto eleitoral dos partidos de oposição. A ideia é produzir conteúdo específico para as rádios nordestinas, rebatendo o discurso contra a reforma da Previdência.