Folha de S.Paulo

Crescem homicídios, latrocínio­s e roubos de carga em SP

Na Grande SP, vítimas de assassinat­o subiram 32% no trimestre; ataques a cargas tiveram alta de 28% no Estado

- ARTUR RODRIGUES

Latrocínio (roubo seguido de morte) e roubo de carga tiveram altas significat­ivas no Estado de São Paulo no primeiro trimestre de 2017. Houve também aumento nos homicídios na Grande SP.

O número de vítimas de latrocínio, que vinha caindo no período nos últimos três anos, subiu 34% —foram 79 casos de janeiro a março de 2016 contra 106 neste ano. A capital seguiu a mesma tendência, com alta ainda maior, de 52% (de 23 casos para 35).

Já os roubos de carga tiveram um cresciment­o de 28% no Estado, passando de 2.152 casos para 2.762. Roubos a banco também subiram de 28 para 35 (25%).

Ambos geralmente são cometidos pelo crime organizado. O aumento acontece no momento em que brasileiro­s ligados à facção paulista PCC são suspeitos de participar de um mega-assalto no Paraguai.

O secretário Mágino Alves Barbosa Filho afirmou que a polícia tem feito prisões de quadrilhas de assaltante­s. “No mês passado, nós tivemos a prisão de nove agentes preparados para praticar um assalto a uma empresa de transporte de valores”, disse.

Barbosa afirmou que o crime no país vizinho é similar a outros cinco casos no Estado de São Paulo e que a polícia paulista está à disposição para auxiliar nesse caso.

Os roubos em geral tiveram ligeira alta, tanto na cidade (de 29.407 para 30.253, ou 3%) quanto no Estado (de 80.690 para 81.981, ou 0,01%) MAIS MORTES VIOLENTAS Apesar de ter caído 13% na capital, o número de vítimas de homicídios dolosos teve um aumento leve no Estado (3%) e bastante alto na Grande São Paulo (32%) no primeiro trimestre. Barbosa responsabi­lizou chacinas recentes por esses números.

A região metropolit­ana registrou 250 vítimas de homicídios dolosos (com intenção) contra 190 em 2016, contrarian­do a tendência de queda que vinha ocorrendo nos últimos anos no período.

No Estado, embora o total de casos de homicídio tenha caído um pouco (de 890 para 878), houve avanço no número de vítimas (de 917 para 942).

Já na capital, os números seguiram a tendência de queda no primeiro trimestre que ocorreu no ano passado, passando de 231 para 201.

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