DO DIÁRIO DO FILME
São Paulo, 6.mar.14
“Foi dureza experimentar mais de 30 roupas para o frio russo durante o calor paulistano.”
Moscou, 8.mar
“Estamos filmando sem parar, mas sinceramente, tô morrendo de medo de esse filme ficar uma merda.”
12.mar
“Hoje acordei com o Charly sentado na penumbra do quarto filmando nosso despertar [...] Há sempre algo mal compreendido, um equipamento errado e outras complexidades do gênero. Rússia. PS: a gente precisa que neve.”
23.mar
“Às duas da manhã o Charly abaixou o som e fez um discurso chatíssimo: ‘Vocês têm que dormir, essa festa acaba hoje, mas a cena que vocês têm que filmar amanhã ficará para sempre
25.mar
“O Charly anda meio grosso comigo e com Manu. Ele se reveza, cada hora com uma. Depois fica culpado e quer comprar nosso perdão com um cappuccino ou o empréstimo de uma calça de moletom.”
São Paulo, 8.abr, 29 graus
“Nunca estive tão cansada. Caio num sono paleolítico e acordo sem saber onde estou. Um minuto se passa e eu continuo sem saber. Olho fixamente para a caixa de maiôs e cangas. Estou em casa, finalmente realizo. Procuro a câmera.”