Murilo diz que doping mancha sua imagem
VÔLEI
Jogador do Sesi pego em exame por uso de diurético afirma estar com a consciência tranquila
Duas vezes medalhista olímpico de prata com a seleção brasileira de vôlei, Murilo, 36, disse ter a “consciência tranquila” diante do flagrante em exame antidoping feito no dia 10 de abril e cujo resultado positivo foi revelado pelo jornal “O Globo” na semana passada. Ele, no entanto, reconheceu que a ocorrência mancha sua imagem.
Análise feita a pedido da FIVB (Federação Internacional de Vôlei) constatou a presença do diurético furosemida em amostra do ponta.
A substância serve para ajudar na perda de peso, mas também pode mascarar outras substâncias dopantes.
Murilo aguarda a abertura da contraprova do exame, o que deve ocorrer nas próximas semanas, no Canadá.
“Eu sinceramente estou com a consciência tranquila. Minha preocupação é como isso deu positivo. Sempre prezei bastante pela transparência. Achei bom vir, falar no olho”, disse o atleta do Sesi.
“Não estou tentando me esconder, não quero fugir.”
Caso a contraprova confirme o doping, ele pode ser suspenso por até dois anos.
“Um caso de doping sempre é difícil para o atleta. O doping sempre vem à cabeça das pessoas como esteroide, anabolizante. Que dá vantagem sobre o adversário. Acaba, sim, manchando a imagem de qualquer atleta.”
Murilo terá como advogado Marcelo Franklin, que já atuou nas defesas do nadador Cesar Cielo —também flagrados com furosemida– e da velocista Ana Cláudia Lemos. Todos tiveram penas reduzidas ou levaram advertências.
Embora não tenham afirmado o que poderia ter causado o resultado positivo, ambos indicaram que uma das possibilidades é que a substância tenha sido consumida inadvertidamente junto com suplementos alimentares.