CICATRIZ ABERTA
A Corte Interamericana de Direitos Humanos abre, na próxima semana, o julgamento do Brasil no caso Vladimir Herzog. O presidente Michel Temer nomeou o advogado Alberto Toron como perito para justificar a posição do Estado brasileiro, que diz ser inviável a reabertura do caso.
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De acordo com essa posição, as leis brasileiras de anistia, julgada constitucional pelo STF (Supremo Tribunal Federal), e de prescrição impediriam uma nova investigação em busca dos responsáveis pela tortura e morte do jornalista, em 1975, nas dependências do Exército.
PRESENTE
Clarice Herzog, viúva do jornalista e mãe de seus dois filhos, representará a família, que pediu a responsabilização internacional do país pela impunidade da morte.
PACOTE
E Toron, que já advogava para Dilma Rousseff no caso em que ela é acusada de obstrução de Justiça ao nomear Lula ministro, assumiu nesta terça (16) a defesa da petista no caso em que é acusada de avisar o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura de que seriam presos na Operação Lava Jato.
PONTO E VÍRGULA
O casal, na delação premiada, não coincide no relato de como foi avisado de que seria preso. Mônica diz que Dilma, além de enviar e-mail cifrado, telefonou a Santana na noite do “dia 20 ou 21 de fevereiro (eles foram presos no dia 23)”. Segundo ela, “fomos avisados que foi visto um mandado de prisão assinado contra a gente”.
VI NA TV
Já Santana diz que, depois do e-mail de Dilma, “deduziu” que “já havia uma medida cautelar” tomada contra o casal. Afirma, no entanto, que “nunca veio um alerta de ninguém do governo dizendo ‘olha, saiu o decreto’. Não. Nós soubemos pelas notícias, eu soube na madrugada, vi pelas câmeras”.