Dilma pediu R$ 30 mi a aliado, diz delator
O empresário Joesley Batista, do grupo JBS, afirmou à Procuradoria Geral da República que a ex-presidente Dilma Rousseff pediu uma doação de R$ 30 milhões para a campanha de Fernando Pimentel ao governo de Minas Gerais.
Segundo apurou a reportagem com pessoas próximas ao processo, a afirmação faz parte da delação premiada negociada pelos donos da JBS e seus executivos para se livrar das investigações da Polícia Federal.
A empresa é investigada em cinco operações diferentes da PF. Na mais recente, os policiais investigam se a empresa foi favorecida pelo BNDES ao receber apoio para aquisições no exterior.
Em nota, o diretório do PT em Minas Gerais disse que “todas as informações referentes à prestação de contas eleitorais foram devidamente apresentadas à Justiça Eleitoral”.
A campanha vitoriosa do PT para o governo de Minas declarou ter gasto R$ 52 milhões, custo superior aos R$ 42 milhões que foi inicialmente estimado, o que gerou uma investigação pela Justiça Eleitoral.
De acordo com pessoas próximas, Joesley relatou às autoridades que a conversa com Dilma sobre a doação para Pimentel ocorreu no fim de 2014 no Palácio do Planalto.
A JBS teria feita a doação dos R$ 30 milhões via caixa 2. A JBS fez várias declarações oficiais para a campanha do PT em Minas, mas nenhuma em valor tão alto.
A assessoria de Pimentel informou que qualquer assunto referente a contas de campanha deve ser tratado com o partido. A assessoria de Dilma não se posicionou. O JBS também não comentou o assunto.