Folha de S.Paulo

Delator cita ‘desvio’ de Temer e ‘alpiste’ a Cunha

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eu, o Alexandre e o Michel”, disse Aécio a Joesley.

Não há referência à data, mas o contexto dá a entender que teria sido elaborado enquanto Moraes era ministro da Justiça, entre maio de 2016 e fevereiro de 2017.

Em nota, o tucano disse não haver ato dele “que possa ter colocado qualquer empecilho aos avanços da Lava Jato”.

Na delação, Joesley afirmou ainda que a pedido de Temer pagou R$ 4,7 milhões de 2010 a março de 2017.

O empresário afirmou que no acordo incluiu “mensalinho” de R$ 100 mil e um repasse em espécie de R$ 300 mil nas mãos do marqueteir­o de confiança de Temer, Elsinho Mouco. Ele teria realizado trabalho de “defesa digital” porque Temer estaria incomodado com críticas durante o processo de impeachmen­t de Dilma Rousseff.

Mouco confirmou ter conversado com Joesley, mas não deixou claro se e quando recebeu o dinheiro.

DE BRASÍLIA

O diretor da JBS Ricardo Saud disse à Procurador­ia ter viabilizad­o pagamentos num total de R$ 15 mi a pedido de Temer em 2014, que seriam destinados ao PMDB. Segundo ele, Temer “embolsou R$ 1 milhão deste valor. “Agora, o cara pegar um dinheiro do PT e guardar no bolso dele é muito difícil. Só ele [Temer] e o [Gilberto] Kassab fizeram isso”, disse.

Saud disse também que Joesley e Temer tinham uma senha para se referir às mesadas na cadeia a Cunha e Funaro. “O código era ‘tá dando alpiste pros passarinho­s? Os passarinho­s tão tranquilos na gaiola?’”.

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