Trump debateu FBI com russos, diz jornal
Segundo ‘Times’, ata da reunião mostra que presidente afirmou que saída de James Comey ‘aliviou pressão’
Casa Branca responde que ação de ex-diretor tolhia trabalho do governo com Moscou; Comey decide depor
Moscou nas eleições de 2016.
Na carta de demissão, o presidente sugere que essa questão pesou na decisão. “Mesmo que eu aprecie muito o fato de você ter me informado, em três ocasiões distintas, que eu não sou investigado, concordo com a avaliação do Departamento da Justiça de que você não está apto a liderar efetivamente o bureau (FBI)”, escreveu.
Trump também disse em entrevista a uma TV que estava pensando “nessa coisa da Rússia” ao demitir Comey.
No mesmo encontro, segundo o “Washinton Post”, ele teria revelado a Lavrov informação sigilosa sobre uma potencial ameaça do Estado Islâmico. Segundo o jornal, o chanceler e o embaixador russo, Sergey Kislyak, foram informados pelo presidente de “detalhes de uma ameaça terrorista do EI relacionada ao uso de laptops em aviões”.
A informação teria sido passada aos EUA pela inteligência de Israel e repassada por Trump aos russos sem aval israelense, podendo por em risco a fonte —o que a Casa Branca nega ter ocorrido.
As duas medidas (a demissão de Comey no meio de uma investigação daninha à Casa Branca e a revelação de segredos aos russos) alimentaram o debate sobre impeachment, sob alegação de obstruir a Justiça no caso do FBI.