Um local e passar nela boa parte —ou todo o evento.
A 13ª Virada Cultural será posta à prova d’água. A primeira edição realizada pela gestão do prefeito João Doria (PSDB) deverá ter pancadas de chuvas e temperaturas abaixo de 20ºC, informaram o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências).
O evento, que começa às 18h deste sábado (20) e acaba no mesmo horário de domingo (21), espalhará cerca de 900 atrações ao redor da cidade —e boa parte delas, a programação será ao ar livre.
A expectativa é a de que a Virada Cultural sirva de palanque político como em anos anteriores, especialmente em 2016, quando artistas e público protestaram contra a extinção do Ministério da Cultura.
A manifestação concomitante que ocorreria na avenida Paulista no domingo foi suspensa pelo Vem Pra Rua, que cancelou todos os atos previstos para o domingo (21), alegando motivos de segurança. O movimento promete nova data de manifestação, ainda não marcada.
Em São Paulo a decisão foi tomada após reunião de movimentos com a Polícia Militar, que teria orientado a suspensão dos atos por causa da Virada Cultural. NOVA ESTRUTURA Além de pontos de culturas, bibliotecas e escolas, a programação será concentrada em 30 tablados —estruturas que vão de 40 cm a 1 m do chão— do centro e em cinco grandes palcos.
A estratégia adotada pela prefeitura, de tirar do centro as atrações principais e migrá-las para palcos que não terão programação 24 horas, tem o intuito de ampliar o alcance da Virada Cultural, afirma o secretário municipal de Cultura, André Sturm.
O argumento de que as atrações foram aproximadas de quem mora longe do centro só serviria caso a prefeitura soubesse o que os moradores de cada bairro gostariam de assistir. Caso contrário, eles terão de se contentar com o que foi programado ali ou se locomover para ainda mais longe do que fariam para ir ao centro.
O plano pode, na prática, inviabilizar a circulação e restringir o público do evento.
As atrações principais se apresentarão no Sambódromo do Anhembi (zona norte), na Chácara do Jockey (zona oeste), no autódromo de Interlagos (zona sul), no parque do Carmo (zona leste) e na praça do Campo Limpo (zona sul).
Os palcos são tão distantes entre si que quem quiser ir a um show no parque do Carmo e, em seguida, ver alguma atração na praça do Campo Limpo, levará ao menos duas horas para se locomover via transporte público.
Ou seja, o provável é que as pessoas escolham apenas TRANSPORTE Para facilitar o deslocamento, a Secretaria Municipal de Cultura informa a alteração de 64 linhas de ônibus. Deste total, 57 operam no centro da cidade.
Com exceção da linha 15-prata (Oratório-Vila Prudente), todas as demais operadas pelo Metrô funcionarão de maneira ininterrupta durante o evento.
Já na linha amarela,gerida pela Via Quatro, não vai operar nem Luz nem na República durante a madrugada e no domingo. Apenas o trecho Paulista-Butantã ficará disponível. As estações, que servem outras linhas, estarão abertas, mas sem a possibilidade de embarque para a linha 4.
A CPTM também funcionará durante todo o evento, com intervalos de 30 minutos entre 1h e 4h de domingo. ATRAÇÕES