Aliados do papa atacam ‘geopolítica do Apocalipse’
Em meio à nova viagem de Trump à Europa, o padre Antonio Spadaro, diretor da revista dos jesuítas “La Civiltà Cattolica”, e o pastor protestante Marcelo Figueroa, ambos ligados ao papa Francisco, lançaram na publicação um ataque à aproximação entre “fundamentalismo evangélico e integralismo católico na América de Trump”.
O texto ecoou por Rádio Vaticano, “Financial Times” e “Washington Post” com títulos como “Aliados do papa acusam a Casa Branca de ‘geopolítica do Apocalipse’”.
O “ecumenismo de ódio” representado por personagens como Stephen Bannon, estrategista-chefe de Trump e católico, é descrito como “xenofóbico e islamofóbico”, daí “o significado histórico do esforço do pontífice contra os ‘muros’ e todas as formas de ‘guerra de religião’”.
Para Spadaro e Figueroa, “os que se dizem católicos” e agem como evangélicos fundamentalistas dividem com estes um “sonho nostálgico de Estado teocrático” —como o fundamentalismo islâmico.
Divisão Após o choque inicial do noticiário sobre a condenação de Lula, o “FT” destacou que ela “divide o Brasil”. No texto, “existem poucos nomes que dividem os brasileiros mais que o do metalúrgico tornado líder sindical que perdeu parte do dedo no chão da fábrica”. No francês “Le Figaro”, “#LulaInocente contra #LulaNaCadeia em redes sociais, rua ou Congresso, os brasileiros racham depois da sentença”.
Tem que continuar Na nova edição da “Economist”, “Por que a Lava Jato tem que continuar”. Em suma, “se a investigação parasse agora, Lula estaria certo em apontar parcialidade” da Justiça. Para tanto, a revista aceita até a saída de Temer, apesar das reformas: “Se Mr. Temer de fato cometeu crime, qualquer estabilidade que ele ofereça é falsa”.
Lula lá Na alemã Deutsche Welle, “Lula, herói trágico do Brasil”. Em suma, “Qualquer que seja o veredito final contra o ex-presidente, não vai diminuir a sua enorme contribuição”. O “WSJ” também fez um perfil de Lula, destacando que a condenação “mancha uma ascensão célebre”, que saiu “de uma criança engraxate para chefe de sindicato e para presidente da maior nação da América Latina”.