Importação de cápsulas de café se recupera e cresce 61% no 1º semestre
FOLHA
A crise econômica, que havia afetado duramente as importações brasileiras de café torrado e moído no primeiro semestre do ano passado, já afeta menos o setor nos primeiros seis meses deste ano.
Os gastos com as importações de cápsulas subiram 61% no primeiro semestre, para US$ 37 milhões, ante US$ 23 milhões de janeiro a junho de 2016, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
Apesar desse salto, as compras externas feitas pelas empresas que atuam no Brasil apenas retornaram ao patamar de igual período de 2015, quando as importações haviam atingido US$ 36 milhões.
As exportações de café torrado e moído também tiveram recuperação, mas os números indicam a pouca importância desse setor na cadeia do café no Brasil.
Apesar de ser o líder em exportações de café verde, o país não consegue desenvolver um mercado externo para o produto industrializado.
De janeiro a junho, as vendas externas brasileiras de café torrado atingiram US$ 7,24 milhões, acima das de igual período de 2016, mas bem distante dos US$ 35 milhões de 2008, quando o país vinha ganhando mercado externo para esse segmento.
Dados divulgados pelo Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) nesta semana indicam que as exportações brasileiras de café verde atingiram 29,2 milhões de sacas na safra 2016/17 (julho a junho).
Já as de café torrado e moído somaram o correspondente a apenas 28,9 mil sacas, volume igual ao da safra imediatamente anterior.
O movimento de aumento tanto das exportações de café industrializado como o das importações ocorre, em parte, porque algumas empresas brasileiras mandam o seu produto para ser colocado nas cápsulas no exterior.
Os principais fornecedores de café industrializado para o Brasil são a Suíça (47% do total), a Itália (28%) e a França (7%). Leia mais na coluna ‘Vaivém das Commodities’ folha.com/vaivem