Folha de S.Paulo

PEQUENA CHANCE

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A possibilid­ade de Lula conseguir uma liminar no STF (Supremo Tribunal Federal) que permita a ele concorrer à Presidênci­a da República mesmo se condenado em segunda instância pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) é considerad­a remota entre magistrado­s da corte.

EXTRA

O ministro Marco Aurélio Mello diz que a Lei da Ficha Limpa foi clara ao prever a inelegibil­idade depois da condenação em segunda instância. E que, por esse ser um efeito “extrapenal”, e não de “execução da pena”, não caberia a discussão.

PONTO FINAL

Outro ministro lembra que, provocado por ações da OAB, o Supremo pacificou a questão em 2012, dizendo que a lei é constituci­onal e que pode ser aplicada. Antes disso, candidatos conseguira­m liminares da corte para concorrer mesmo depois de condenados.

O NOVO

Já ministros de outro tribunal ao qual Lula pode recorrer, o STJ (Superior Tribunal de Justiça), lembram que a corte tem permitido que condenados em segunda instância por improbidad­e administra­tiva concorram. O caso de Lula, no entanto, seria novo, pois não se trata de ação administra­tiva, e sim penal.

TABELA

O governo fez e refez contas e concluiu que teria hoje 262 votos para barrar a denúncia contra Michel Temer na Câmara dos Deputados. Mas não conseguiri­a colocar no plenário 342 parlamenta­res, número necessário para iniciar a votação.

PARA SEMPRE

“Talvez não dê para votar nunca. Esse processo vai ficar enterrado na Câmara, para as calendas”, diz o deputado Beto Mansur (PRB-SP), responsáve­l pelos cálculos.

LÁPIS

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