Lho, quer que tenha o melhor alimento, a melhor escola”, diz Ricardo Chen.
OZÔNIO E OURO Na clínica Fisioanimal, a veterinária Maira Formenton, 33, abriu mão do banho e tosa e investiu em serviços para saúde e bem-estar dos animais, como fisioterapia, acupuntura e tratamentos feitos com aplicação de ozônio, implantes de células-tronco e ouro. Os preços variam entre R$ 95 e R$ 2.500.
Com a crise, caiu o número de clientes, diz a veterinária, mas quem ficou está disposto a pagar mais por esses serviços. O resultado: crescimento de 130% no faturamento nos últimos três anos.
“Os bichos são entes da família. Quando o assunto é saúde, os donos não poupam recursos”, diz Formenton. “Às vezes, o animal recebe um tratamento até melhor que os humanos.”
Com o mesmo conceito de adaptar comportamentos humanos para cães e gatos, Gaspar Marçal, 37, abriu em 2013 um clube de assinatura voltado para pets, a Maskoto.
Por R$ 59,90, o assinante recebe por mês uma caixa surpresa, que tem entre quatro e seis itens, como petiscos e produtos de saúde e beleza.
“Em 2013, aconteceu um ‘boom’ no mercado de assinaturas, mas havia uma lacuna no setor pet”, diz Marçal.
A empresa começou com 30 assinantes e hoje conta com 1.200. Fechou 2016 com um faturamento de R$ 800 mil e há a expectativa de crescimento de 25% em 2017.
Para o presidente da Abinpet (associação da indústria de produtos para pets) , José Edson Galvão de França, esses negócios descobriram novos nichos de mercado e, por isso, atingiram números expressivos de crescimento.
Segundo França, também há uma tendência de o setor sair da estagnação em 2017. Mas, de modo geral, é preciso cautela na hora de investir no segmento.
“Serviços como banho e tosa, adestrador, hotelzinho e creche representavam 20% do negócio há dois anos. Em 2016, o índice caiu para 16,7%.” “Quem dava banho semanal passou a dar uma vez por mês.”