Folha de S.Paulo

São Paulo sofre primeiro revés sob Dorival Jr. e vê situação se agravar

Time coleciona falhas, chega a nove jogos sem vitória e continua na zona da degola

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BRASILEIRO

São Paulo e Chapecoens­e entraram em campo neste domingo (16) em situações parecidas —e bem difíceis.

Mas foi o São Paulo que teve a crise aprofundad­a após perder por 2 a 0 para o time catarinens­e em partida pela 14º rodada do Campeonato Brasileiro, na Arena Condá.

Os paulistas somam agora nove jogos seguidos sem uma vitória no torneio, e com o fantasma de um rebaixamen­to ainda mais presente. Ocupam a 18ª posição na tabela.

Trata-se do segundo maior período de jejum são-paulino em sua história no Brasileiro. Somente em 2013 houve uma sequência pior.

Após dois jogos à frente do grupo, o técnico Dorival Júnior conheceu sua primeira derrota. Em sua estreia, na última quinta-feira (13), o time ficara no empate em 2 a 2 contra o Atlético-GO, outro rival na zona do descenso.

O São Paulo que foi a campo em Chapecó deixou visível que ainda se esforça em busca de adaptação.

Durante o jogo, os visitantes tiveram o controle na maior parte do tempo. Porém, o rival compensou com agressivid­ade. O primeiro gol saiu aos 17 min do segundo tempo, com uma cabeçada de Túlio de Melo após cobrança de falta feita por Diego Renan.

Melo, que não estava na escalação inicial, havia entrado em campo apenas dois minutos antes de marcar.

A Chapecoens­e usou a vantagem e passou a dominar o jogo. Para buscar a igualdade, Dorival Júnior efetivou duas trocas em sequência — Petros por Lucas Fernandes e Cueva por Denilson—, que não surtiram efeito.

Sem ser muito incomodada, a equipe catarinens­e selou o triunfo com chute rasteiro de Lucas Marques aos 46 min do segundo tempo.

O lance surgiu após falha do lateral esquerdo Júnior Tavares, que perdeu a bola próximo à área são-paulina.

O lance de desatenção irritou jogadores como Petros.

“Não podemos tomar os gols que estamos tomando. Se você está atuando sem confiança, não pode levar gol. Cada um precisa assumir sua responsabi­lidade”, disse o volante recém-contratado.

A última vez que o São Paulo deixou o gramado com três pontos no Nacional foi contra o Vitória, em 8 de junho.

Dorival classifico­u tamanha seca como “inaceitáve­l”.

“É natural que preocupe. Não estamos aceitando essa situação, porém temos que ter equilíbrio de num momento como esse procurar neutraliza­r o que acontece, diminuir a margem de erro”, disse o técnico são-paulino.

“Toda situação criada acaba dentro do nosso gol. Temos que procurar, com os trabalhos possíveis, mudar essa condição”, complement­ou.

O lateral Bruno fez menos uso da diplomacia. “Temos que tirar ânimo de onde não tem”, afirmou após o jogo.

“Agora é ir para casa e fazer o nosso papel junto com o torcedor para sair dessa situação”, emendou.

Em busca de um fim para a má fase que já dura mais de um mês, o São Paulo enfrentará o Vasco, oitavo colocado, na próxima quarta-feira (19), no Morumbi. REAÇÃO O resultado representa um alívio para a Chapecoens­e que já estava há seis jogos sem ganhar. A última vitória, por 2 a 1, havia sido contra o Vasco, em meados de junho.

O Campeonato Brasileiro é o único da temporada que o time ainda disputa após a eliminação na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana.

A Chapecoens­e entrará no duelo fora de casa contra o Santos, que vem na terceira posição, também na próxima quarta-feira (19).

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Apodi, da Chape, e Gómez, do São Paulo, disputam lance

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