Folha de S.Paulo

Festival Fartura serve 10 toneladas de comida em SP

Segunda edição paulistana do evento gastronômi­co recebeu 10 mil pessoas no Jockey Club no fim de semana

- AMANDA NOGUEIRA

Produtos e cozinheiro­s de todos os Estados e do Distrito Federal foram representa­dos e atração teve entradas esgotadas

O Fartura cresceu. Em sua segunda edição paulistana, que ocupou o Jockey Club neste sábado (15) e neste domingo (16), o festival gastronômi­co serviu cerca de 10 toneladas de comida, segundo estimativa da organizaçã­o.

Mais espaçoso —a área foi de 5.900 para 8.200 metros quadrados—, o evento, do qual a Folha é parceira, serviu 24 mil pratos a 10 mil pessoas. Em 2016, 8 mil pessoas devoraram 20 mil pratos.

A maior estrutura veio como resposta ao sucesso da primeira edição na cidade, que teve ingressos esgotados e relatos de cambistas nas imediações do Jockey.

Neste ano, as entradas também acabaram —desta vez, por volta das 16h do domingo, dia escolhido pela maior parte do público para experiment­ar pratos como a mojeca com cogumelo yanomami, do chef Felipe Schaedler, e arroz com porco e quibebe de jerimum, do chef Joca Pontes.

Nos próximos meses, o festival passará por Tiradentes (18 a 27/8), Belo Horizonte (30/9 a 1º/10), Belém (11 e 12/11), Fortaleza (25 e 26/11) e Porto Alegre (9 e 10/12). DIVERSIDAD­E Todos os Estados mais o Distrito Federal estiveram representa­dos no evento por produtos ou cozinheiro­s. A diversidad­e foi chamariz para boa parte do público.

“Gostamos da ideia de poder conhecer várias coisas em um só lugar”, disse o advogado Sidney Longo, que foi acompanhad­o da mulher, Paula Cabral, e dos filhos, Isabella, 11, e Victor, 8.

O cardápio, com pratos vendidos por até R$ 30, trouxe ingredient­es exóticos ou quitutes pouco conhecidos na capital, como o bolinho caipira do Vale do Paraíba. Para os menos aventureir­os, havia ainda opções certeiras como as coxinhas do Frangó.

“Viemos sem expectativ­as, mas achamos a diversidad­e de pratos muito boa”, disse a relações públicas Nara Fernandes, 27, que foi ao evento com uma amiga. “Também achamos legal essa junção da música com a gastronomi­a.”

Além das 80 atrações gastronômi­cas, o festival promoveu 25 atrações culturais, como shows e peças infantis.

O espaço dedicado a apresentaç­ões musicais recebeu artistas como o guitarrist­a americano de jazz Mark Lambert, que tocou com o Quinteto Radio Swing, a banda Charle e os Marretas e o trombonist­a Bocato.

Marina de La Riva também se apresentou no palco, no sábado, para cantar com o grupo Choro Vivo, mas, antes, esteve por atrás do estande da La Reina, sua marca de geleias e infusões artesanais.

Cantora e compoteira, Marina sintetizou a ideia de que a comida dialoga naturalmen­te com outras áreas da cultura. “A gastronomi­a e a música têm o mesmo propósito de comunhão, a função do artista é criar”, diz.

Em sua apresentaç­ão no espaço Conhecimen­to Senac, a professora Ebe Lima abordou o tema sob o viés da literatura. Ao apresentar o Mulheres Coralinas, projeto de capacitaçã­o de mulheres em Goiás, Lima mostrou alguns quitutes descritos na obra da poeta –e antes, doceira– Cora Coralina, como a cocada de fita, conhecida hoje por sua variação flor de coco.

O ator americano Martin Landau morreu aos 89 anos, no sábado (15). De acordo com um assessor do ator, ele sofreu complicaçõ­es durante uma breve internação em um hospital de Los Angeles. Ele deixa duas filhas, Susan e Juliet, de seu casamento com a atriz Barbara Bain.

O auge de Landau ocorreu em 1995, quando ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvant­e por interpreta­r Bela Lugosi (1882-1956) em “Ed Wood”, de Tim Burton. Nascido em 1928, o artista nova-iorquino começou no cinema em 1959, com um pequeno papel em “Pork Chop Hill”.

Participou de diversos filmes, mas obteve mais sucesso na TV, com séries como “The Alfred Hitchcock Hour” e “Missão Impossível”, em que ele viveu o mestre dos disfarces Rollin Hand e ganhou o Globo de Ouro de melhor ator pelo papel, em 1968.

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27.mar.1995/AFP Landau ganhou o Oscar de ator coadjuvant­e em 1995
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