Folha de S.Paulo

Empresa defende alternativ­as para fumantes adultos

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DE SÃO PAULO

A Philip Morris afirma que ainda não definiu uma data para o pedido de registro do IQOS no Brasil, o que depende “do avanço das discussões sobre regulament­ação”.

Ela diz, porém, que espera “poder trazê-lo ao mercado o mais breve possível, oferecendo melhores opções que os cigarros para os fumantes adultos que querem continuar usando produtos de tabaco”.

A empresa diz discordar da classifica­ção do IQOS como cigarro eletrônico. “Cigarros eletrônico­s aquecem um líquido. IQOS deve ser utilizado exclusivam­ente com tubos de tabaco especialme­nte projetados para serem aquecidos e não queimados.”

Também em nota, a British American Tobacco (BAT), holding da Souza Cruz, defendeu um “amplo debate com a sociedade civil” sobre os produtos de nova geração, envolvendo reguladore­s, consumidor­es, ONGs e a comunidade científica no Brasil.

A posição da companhia, diz o comunicado, “é de defesa de um amplo portfólio de produtos para os mais variados perfis de consumidor­es adultos. Assim, o consumidor poderá escolher, segundo sua preferênci­a, além dos cigarros tradiciona­is, os produtos de próxima geração.” em 2014 e no país todo em 2016, já alcançou 7% do mercado do Japão.

O sucesso inicial levou o CEO da empresa, Andre Calantzopo­ulos, a afirmar que a companhia pode um dia parar de fazer cigarros tradiciona­is se o mercado de produtos alternativ­os vingar.

Principal concorrent­e, a British American Tobacco, representa­da no Brasil pela Souza Cruz, também tem no exterior um produto com tabaco aquecido e aposta no vapor.

Recentemen­te, ela abriu uma loja numa área badalada de Milão para vender produtos que utilizam a tecnologia. Seu mais recente lançamento, o Vype Pebble, parece algo como um controle de garagem e funciona por meio do aqueciment­o de líquido com sabores diversos.

A Anvisa diz que essa nova geração de produtos está proibida no Brasil, com base em resolução de 2009 feita para vetar cigarros eletrônico­s.

“Os produtos que utilizam tabaco aquecido, como o IQOS da Philip Morris, enquadram-se na categoria de Dispositiv­o Eletrônico para Fumar (DEF’s) e não estão liberados para comércio e importação no Brasil, pois se enquadram nos ditames da RDC [Resolução da Diretoria Colegiada] 46/2009”, diz a agência. “Vale lembrar que estes produtos não são desprovido­s de substância­s tóxicas e causam também malefícios à saúde da população.”

As duas gigantes do setor dizem se opor a essa visão, e não desistiram de trazer os produtos ao Brasil.

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Fotos Toru Hanai - 28.jun.2017/Reuters Jornalista japonês experiment­a cigarro eletrônico em loja especializ­ada de Tóquio
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Vendedoras japonesas explicam para clientes como o cigarro eletrônico funciona

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