Israel volta a impor restrição em Jerusalém
Homens com menos de 50 anos tiveram entrada proibida na Esplanada das Mesquitas
O governo de Israel voltou a proibir nesta sexta-feira (28) a entrada de homens com menos de 50 anos na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, e intensificou a segurança na cidade diante de protestos convocados por palestinos.
Os muçulmanos que puderam entrar rezaram normalmente e, diferentemente da véspera, não houve confrontos com a polícia no local sagrado. Do lado de fora, porém, milhares de palestinos rezaram nas ruas e foram reprimidos por soldados israelenses. Também houve protestos e confrontos na Cisjordânia e na faixa de Gaza.
O Exército israelense disse que um palestino foi morto após tentar esfaquear soldados na entrada do bloco de assentamentos de Gush Etzion, na Cisjordânia. Nenhum militar ficou ferido.
O Ministério da Saúde da faixa de Gaza, que é controlada pelo grupo radical Hamas, afirmou que um palestino de 16 anos morreu em confrontos com soldados israelenses na fronteira.
As tensões se intensificaram no dia 14, quando um atentado deixou dois policiais israelenses mortos em uma das entradas da Cidade Velha de Jerusalém.
Depois disso, o governo de Israel instalou detectores de metal na Esplanada das Mesquitas, mas decidiu removêlos na terça (25) após pressão da comunidade internacional. No dia 21, também foi proibida a entrada de homens com menos de 50 anos.
As medidas restritivas provocaram uma série de protestos de palestinos, que acusam Israel de tentar expandir seu controle sobre a Cidade Velha. Essa área fica em Jerusalém Oriental, território palestino ocupado pelos israelenses desde 1967.