Empresa de foguete do dono da Tesla se une à elite das mais valiosas de capital fechado
DO “NEW YORK TIMES”
A SpaceX, fábrica de foguetes criada pelo bilionário Elon Musk (presidente-executivo da Tesla), arrecadou US$ 350 milhões em capital novo e agora tem avaliação de US$ 21 bilhões, o que a torna uma das mais valiosas empresas de capital fechado do planeta.
A nova rodada de capitalização da SpaceX foi anunciada em documentos oficiais obtidos pelo Equidate, um mercado para ações de empresas de capital fechado. A SpaceX se recusou a comentar o assunto.
Com a mais recente rodada de capitalização, a SpaceX se une a um clube de elite de sete empresas bancadas pelo setor de capital para empreendimentos e com avaliações superiores a US$ 20 bilhões, de acordo com o grupo de pesquisa CB Insights.
Investidores continuam a despejar dinheiro nessas empresas, muitas das quais operam negócios que requerem muito capital, como a Uber e o Airbnb.
Eles acreditam há muito tempo que algumas poucas empresas têm o potencial de se tornar negócios dominantes no mercado mundial. Cinco empresas sediadas nos EUA e com avaliações superiores a US$ 20 bilhões —entre as quais Uber, Airbnb e WeWork— revolucionaram setores estabelecidos como os imóveis e o transporte.
A Palantir, uma empresa de análise de dados que também faz parte do clube dos US$ 20 bilhões ou mais, está lutando para se tornar grande prestadora de serviços ao governo, como acontece com a SpaceX.
As duas outras empresas de capital fechado com avaliação superior a US$ 20 bilhões são chinesas —a companhia de serviços de carros Didi Chuxing e a fabricante de eletrônicos Xiaomi.
A SpaceX é mais conhecida pelo objetivo de colonizar Marte, proposto por Musk, mas também é uma participante ativa no mercado de lançamento de satélites ao espaço.
Ele enfrenta possível concorrência da parte de outro bilionário, no mercado de foguetes. A Blue Origin, criada por Jeff Bezos, o presidenteexecutivo da Amazon, também planeja enviar turistas e suprimentos ao espaço.
Bezos disse em abril que está vendendo cerca de US$ 1 bilhão em ações da Amazon ao ano, para bancar a companhia. PAULO MIGLIACCI