Folha de S.Paulo

Porta de entrada para investidor ainda tem rentabilid­ade decepciona­nte

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DE SÃO PAULO

Pensados como uma porta de entrada para o universo de fundos de investimen­tos, os fundos simples ainda decepciona­m no quesito rentabilid­ade. No primeiro semestre, apenas um conseguiu ter ganho maior que o CDI, a taxa de referência para aplicações conservado­ras.

O CDI acumulado até junho foi de 5,61%. O único dentre os dez considerad­os no ranking da Comdinheir­o que superou esse percentual foi o da XP (veja quadro).

Quando criados, os fundos simples tinham como objetivo atrair principalm­ente aplicadore­s conservado­res, como quem deixa dinheiro na poupança. A caderneta rendeu 3,5% no semestre.

Esse fundo é obrigado a investirao­menos95%deseupatri­mônio em títulos do governo ou papéis emitidos por empresas que tenham o mesmo

FAUSTO SILVA

gestor do fundo da XP patamar de risco do país.

“É o primeiro contato para o investidor que nunca aplicou em fundos. Na nossa visão, deveria ser o primeiro contato com aplicações financeira­s”, afirma o gestor do fundo da XP, Fausto Silva.

Com pouca flexibilid­ade para diversific­ar a carteira, o diferencia­l acaba sendo a taxa de administra­ção. No ranking da Comdinheir­o, os três mais bem colocados têm taxa de administra­ção igual ou inferior a 0,5% ao ano.

“É uma carteira bem mais conservado­ra. Tem custo baixo e baixa volatilida­de, o que possibilit­a estimular a formação de poupança no país”, diz Alenir Romanello, diretora da Anbima (associação das entidades de mercado).

Para Eduardo Penido, gestor do fundo da Opportunit­y, o produto é “excelente aplicação para manutenção do capital de curto prazo”. (DANIELLE BRANT)

aplicação financeira

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Divulgação César Paiva, da Real Investor Gestão de Recursos

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