Fundo que aplica em moeda estrangeira dá sinais de recuperação no semestre
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Após amargar o pior desempenho da indústria de fundos no primeiro semestre do ano passado, os investimentos em fundos cambiais começam a esboçar sinais de recuperação.
Enquanto nos seis primeiros meses do ano passado esses fundos acumulavam perdas de até 17,5%, o líder dessa categoria conseguiu contabilizar rentabilidade de 11% até junho deste ano.
“Saímos de uma base depreciada em 2016 para as cotações encontrarem uma estabilidade neste ano”, diz Marcelo Pacheco, gerente executivo de fundos multimercado e offshore do BB Gestão de Recursos DTVM.
“Já retornamos a um nível próximo do que tínhamos antes da delação do Joesley [Batista, executivo da JBS que divulgou gravações de conversas comprometedoras
MARCELO PACHECO
gerente da BB Gestão de Recursos envolvendo o presidente Michel Temer], que mexeu muito com o mercado”, diz.
“Hoje, estamos em um nível bem mais próximo dos fundamentos e perto do equilíbrio, com a expectativa de a moeda fechar o ano entre R$ 3,15 e R$ 3,20.”
Os produtos da gestora lideraram as três primeiras posições do ranking elaborado pela Comdinheiro. No topo da lista está o fundo atrelado ao euro, impulsionado pela recuperação dos países da zona do euro.
Já o segundo e o terceiro colocados investem em dólar. A diferença está na aplicação inicial e na taxa de administração, que também influenciou a colocação dos produtos. No fundo com aporte inicial de pelo menos R$ 20 mil, o custo é menor, de 1% ao ano. Já o de R$ 1.000 tem taxa um pouco mais salgada, de 1,5% ao ano. (GILMARA SANTOS)
Já retornamos a um nível próximo do que tínhamos antes da delação do Joesley [Batista]. Hoje, estamos em um nível bem mais próximo dos fundamentos e perto do equilíbrio