Folha de S.Paulo

Bolsa caminha para acabar com as ações preferenci­ais

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O Novo Mercado (em que as empresas assumem compromiss­os de melhores práticas de governança corporativ­a) deverá receber mais companhias de outros segmentos da Bolsa, segundo analistas e a própria B3.

A Suzano Papel e Celulose anunciou nesta segunda (31) a sua migração.

A adesão já acontecia, e deve se intensific­ar, entre outros fatores, em decorrênci­a dos escândalos de corrupção.

Vários lançamento­s iniciais de ações deste ano foram feitos no Novo Mercado.

A convergênc­ia plena levará anos e não é “pretensão da Bolsa, mas tendência do mercado”, diz a B3.

“Há uma onda de discussão entre as empresas abertas sobre esse movimento e pelas companhias envolvidas. É uma sinalizaçã­o positiva”, diz Isabella Saboya, do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativ­a).

A Vale informou que deve fazer a migração até 2020.

Nas outras modalidade­s da Bolsa, há dois tipos de ação —as preferenci­ais, sem direito a voto, e as ordinárias, que permitem o controle.

O dilema de grupos que controlam empresas abertas nesses segmentos é mais poder ou ter liquidez maior, nota melhor de agência de rating e aptidão a receber aportes de investidor­es institucio­nais.

“Para incorporar uma concorrent­e, por exemplo, é melhor ter esse nível de governança corporativ­a”, diz Marco Saravalle, analista da XP Investimen­to. A Petrobras, por sua vez, deve listar a BR Distribuid­ora no Novo Mercado.

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