Folha de S.Paulo

Percentual na inflação entre os meses de julho e agosto, com maior concentraç­ão em agosto.

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O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), que na semana passada reduziu a Selic em um ponto percentual, para 9,25% ao ano, voltou a sinalizar em sua ata que o atual ritmo de cortes deve se manter na próxima reunião, o que levaria a taxa básica a 8,25% ao ano.

No documento, o comitê afirmou que o cenário é de inflação abaixo da meta para 2018 e elevado grau de ociosidade da economia.

O Copom afirmou na ata que chegou a avaliar a possibilid­ade de sinalizar, no comunicado da reunião, um ritmo mais moderado no próximo encontro.

“Debateu-se a conveniênc­ia de sinalizar flexibiliz­ação adicional de mesma magnitude da adotada nesta reunião, versus uma flexibiliz­ação mais moderada. Concluíram por sinalizar, para a próxima reunião do Copom, uma possível flexibiliz­ação de mesma magnitude da adotada nesta reunião”, disse o BC.

A próxima reunião do Copom será realizada nos dias 5 e 6 de setembro.

O comitê afirmou ainda que a elevação do PIS/Cofins sobre combustíve­is e a cobrança de taxa extra de energia não terão impacto sobre a política monetária.

A avaliação do comitê é que o aumento de imposto sobre gasolina, diesel e etanol terá impacto de 0,45 ponto OSCILAÇÕES PONTUAIS No caso da tarifa extra de energia em agosto, a estimativa é de impacto de 0,15 ponto percentual.

“Todos concluíram que essas oscilações pontuais —em particular dos reajustes de preços de combustíve­is e de energia elétrica, que têm sido mais voláteis— não têm implicação relevante para a condução da política monetária.”

A perspectiv­a dos analistas do boletim Focus para a inflação deste ano é de 3,4%, abaixo do centro da meta, de 4,5%. A projeção dos economista­s para o IPCA de 2018 também está abaixo do centro da meta, em 4,2%.

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Alan Marques - 20.dez.16/Folhapress Ilan Goldfajn, presidente do BC, que na semana passada reduziu os juros para 9,25% ao ano

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