Aspecto, é uma bênção, pois dificilmente as pessoas saberiam do nosso trabalho social”, afirma.
FAMÍLIA Lutando pela segunda vez contra um câncer no fígado, Cláudia Alves Lopes, 49, de Rio Verde (GO), frequenta a casa de apoio desde 2006. A amizade com o taxista vem de 1999, ano em que ela desembarcou pela primeira vez em Ribeirão Preto com o filho, que iniciava o tratamento contra um câncer no cérebro.
“Anos depois, quando ele soube do meu tumor, me ligou. Disse que tinha aberto a casa de apoio e que me aguardava para eu me hospedar durante o tratamento”, diz.
O ambiente na casa, segundo a paciente, é de uma grande família. “Aqui conhecemos pessoas de vários lugares do país. Ficamos amigos, ajudamos uns aos outros.”
“Há pessoas que chegam em Ribeirão e nunca sequer haviam viajado de ônibus. Quando vamos buscá-las, começamos a conversar, vemos a felicidade, a segurança que elas sentem de estarem em um lugar acolhedor. Isso não tem preço”, afirma o taxista.
Ele agora sonha em adquirir um terreno onde possa construir chalés para abrigar os pacientes com mais conforto. Pensa também em um galpão no mesmo local para oferecer cursos profissionalizantes aos acompanhantes.
“Minha intenção é conseguir atrair pessoas que se identifiquem com a nossa ideia para prosseguirem com ela. Não quero que seja o ‘trabalho do senhor João’. Quero que seja um legado coletivo.”