Folha de S.Paulo

JBS /2° TRI 2017

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além de avanços em um programa de compliance.

Em maio, os irmãos Joesley e Wesley Batista renunciara­m aos postos de presidente e vice do conselho da JBS, após formalizaç­ão de acordos de delação premiada.

A JBS também destaca o anúncio do plano de desinvesti­mentos, que deve gerar entrada de caixa de R$ 6 bilhões, segundo a empresa.

Os ativos incluem a participaç­ão de 19,4% na Vigor, Moy Park e Five Rivers.

O desempenho do trimestre embute também os reflexos sentidos pelo setor como um todo após a deflagraçã­o da Operação Carne Fraca pela Polícia Federal, em 17 de março, que influencia­ram nos preços internos e também no volume exportado, com o fechamento de alguns mercado externos.

A crise da pecuária acentuou um processo de perda de renda no setor que teve inicio no ano passado.

O valor bruto da produção da pecuária deve recuar cerca de 6% neste ano em relação a 2016, atingindo o menor patamar em cinco anos, segundo dados do Ministério da Agricultur­a que incluem os segmentos bovino, suíno, frango, leite e ovos. SETOR Também nesta segundafei­ra, a Marfrig anunciou prejuízo líquido das operações continuada­s de R$ 156,9 milhões, ante resultado também negativo de R$ 200,5 milhões em igual período de 2016. (JOANA CUNHA) RECEITA R$ 41,7 bilhões EBITDA R$ 3,8 bilhões LUCRO LÍQUIDO R$ 309,8 milhões, NÚMERO DE FUNCIONÁRI­OS 133 mil PRINCIPAIS CONCORRENT­ES BRF, Marfrig, Minerva

Com a grande adesão de investidor­es minoritári­os à proposta de reorganiza­ção societária da Vale, o presidente da companhia, Fabio Schvartsma­n, disse que o risco de interferên­cia política na empresa é “página virada”.

Nesta segunda-feira (14), a Vale concluiu a segunda etapa do processo de reorganiza­ção societária: a incorporaç­ão da Valepar —holding que detinha o controle da mineradora, composta por Bradesco, BNDES, Mitsui e fundos de pensão.

Em um primeiro momento, os acionistas da holding terão 44% das ações da empresa, fatia que pode ser reduzida a 41% com a adesão dos minoritári­os que não se manifestar­am no prazo de conversão.

“Esse assunto [interferên­cia do governo] é página virada. O governo agora, como acionista minoritári­o, é tão bom, tão correto e tem que ser tratado como qualquer outro acionista”, disse o executivo.

Na sexta (11), a companhia anunciou que detentores de volume equivalent­e a 84,4% das ações preferenci­ais aceitaram a conversão para ações ordinárias (que dão direito a voto), primeira fase da reestrutur­ação que vai transforma­r a Vale em uma empresa sem controlado­r.

Ao reduzir o poder de voto dos fundos de pensão e do BNDES, o processo também é visto como uma blindagem a interferên­cias políticas na gestão da mineradora.

Agora, a companhia estuda uma saída para os acionistas que mantiveram os papéis preferenci­ais. A empresa ainda não definiu se vai propor uma adesão voluntária ou mandatória. Disse apenas que não pretende gastar dinheiro com compra de ações.

No primeiro dia de negociaçõe­s após a mudança, as ações subiram: as ordinárias tiveram alta de 1,62%, para R$ 31,30, e as preferenci­ais, de 1,46%, para R$ 29,15. (NICOLA PAMPLONA)

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