Afastados custam R$ 1,17 mi ao trio de SP
Palmeiras, São Paulo e Corinthians gastam com salários para jogadores que não serão utilizados pelas equipes
Sindicato consulta jogadores para ação na Justiça por assédio moral e discriminação no local de trabalho
Felipe Melo, Cícero, Lucão e Cristian, juntos, custam R$ 1,17 milhão por mês para não jogar. Afastados dos elencos profissionais de Palmeiras, São Paulo e Corinthians, eles continuam com contrato e têm a obrigação de aparecer para treinar, mas não são relacionados para as partidas.
O quarteto foi procurado por advogados trabalhistas e receberam oferta de ajuda do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo para acionar as equipes na Justiça. Felipe Melo foi o único até agora a tomar uma atitude. Citou judicialmente o Palmeiras para que seja reintegrado. O volante alega que o afastamento configura assédio moral.
“O atleta não é contratado para ser titular. Mas a partir do momento em que o empregador o afasta dos demais jogadores e o coloca para treinar em horários diferenciados, isso é discriminação e assédio moral”, diz Rinaldo Martorelli, presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo.
Felipe Melo foi afastado no dia 8 de agosto a pedido do técnico Cuca. O Palmeiras tenta encontrar outro clube para o jogador. O objetivo é negociá-lo para que o time se livre do pagamento do salários de R$ 350 mil por mês.
Por acreditarem que podem ir para um outro clube é que outros atletas são reticentes em procurar a Justiça.
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O atleta não é contratado para ser titular. Mas a partir do momento em que o empregador o afasta e o coloca para treinar em horários diferenciados, isso é discriminação e assédio moral
RINALDO MARTORELLI
presidente do sindicado dos jogadores