Folha de S.Paulo

Afastados custam R$ 1,17 mi ao trio de SP

Palmeiras, São Paulo e Corinthian­s gastam com salários para jogadores que não serão utilizados pelas equipes

- ALEX SABINO LUIZ COSENZO

Sindicato consulta jogadores para ação na Justiça por assédio moral e discrimina­ção no local de trabalho

Felipe Melo, Cícero, Lucão e Cristian, juntos, custam R$ 1,17 milhão por mês para não jogar. Afastados dos elencos profission­ais de Palmeiras, São Paulo e Corinthian­s, eles continuam com contrato e têm a obrigação de aparecer para treinar, mas não são relacionad­os para as partidas.

O quarteto foi procurado por advogados trabalhist­as e receberam oferta de ajuda do Sindicato dos Atletas Profission­ais do Estado de São Paulo para acionar as equipes na Justiça. Felipe Melo foi o único até agora a tomar uma atitude. Citou judicialme­nte o Palmeiras para que seja reintegrad­o. O volante alega que o afastament­o configura assédio moral.

“O atleta não é contratado para ser titular. Mas a partir do momento em que o empregador o afasta dos demais jogadores e o coloca para treinar em horários diferencia­dos, isso é discrimina­ção e assédio moral”, diz Rinaldo Martorelli, presidente do Sindicato dos Atletas Profission­ais do Estado de São Paulo.

Felipe Melo foi afastado no dia 8 de agosto a pedido do técnico Cuca. O Palmeiras tenta encontrar outro clube para o jogador. O objetivo é negociá-lo para que o time se livre do pagamento do salários de R$ 350 mil por mês.

Por acreditare­m que podem ir para um outro clube é que outros atletas são reticentes em procurar a Justiça.

O atleta não é contratado para ser titular. Mas a partir do momento em que o empregador o afasta e o coloca para treinar em horários diferencia­dos, isso é discrimina­ção e assédio moral

RINALDO MARTORELLI

presidente do sindicado dos jogadores

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