Governo federal e Rio anunciam volta de operações das Forças Armadas no Estado
O júri popular (composto por sete pessoas da sociedade) só é usado para julgar casos de homicídios intencionais. A defesa argumenta que há provas de que ela não teve intenção. “A decisão do tribunal reconhecendo que Gabriella deveria responder por delito de homicídio culposo restabelece a verdade dos fatos. Durante o processo ficou demonstrado de maneira clara que ela jamais agiu com dolo”, disse José Luis Oliveira Lima, advogado da acusada.
Nilton Gurman, tio da vítima, afirmou que a família recebeu indignada a decisão, mas que vai recorrer.
“Estamos indignados e inconformados, mas vamos continuar lutando”, afirmou Nilton, que criou o grupo Viva Vitão, de luta pelo combate à violência no trânsito e mudanças nas leis para motoristas que matam ao volante.
Em entrevista à Folha à época, Gabriella disse que bebeu só uma margarita e que perdeu o controle ao segurar o então namorado e dono do carro, que estava bêbado e sem cinto no banco do passageiro. Laudo apresentado pela defesa indicava velocidade entre 38 km/h e 44 km/h. A nutricionista e o ex-namorado foram condenados a pagar indenização de R$ 1,3 milhão à família Gurman. DO RIO - O ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), anunciaram nesta quinta (21) a retomada das operações das Forças Armadas no Estado, um mês após a última ação conjunta.
O anúncio se dá depois de dias de desentendimentos entre as duas partes, após um final de semana de guerra em duas comunidades do Rio, na Rocinha (zona sul) e no Juramento (zona norte) —que resultou na morte de ao menos 11 pessoas.
Em um pronunciamento conjunto, Jungmann disse que vai analisar pedido feito pela Secretaria de Segurança Pública do Estado na quarta (20) para que as Forças Armadas ajudem no patrulhamento de 103 pontos críticos na região metropolitana.
Além disso, comprometeuse a negociar com a Procuradoria Geral da República, com a Polícia Federal e com a Justiça a criação de uma força-tarefa para combate ao crime organizado. Pezão previu operações “na primeira quinzena do mês de outubro ou nos próximos dez dias”.
A última operação conjunta entre as Forças Armadas e as tropas estaduais ocorreu no dia 21 de agosto. Depois disso, o ministro da Defesa chegou a questionar a “falta de planejamento” do governo do Rio para fazer novas parcerias.