Militares cercam favela da Rocinha após tiroteios
Guerra por tráfico e ação policial causaram pânico e bloquearam vias no Rio
A favela da Rocinha, na zona sul do Rio, foi cercada na tarde de ontem por homens das Forças Armadas após novos tiroteios provocarem pânico na cidade.
Os militares vão patrulhar por tempo indeterminado os acessos, enquanto policiais atuarão no interior da comunidade, que enfrenta desde o último domingo uma guerra de facções pelo controle do tráfico de drogas. Maior favela do Brasil, a Rocinha tem 69 mil habitantes.
Os tiroteios desta sexta fizeram a polícia fechar, por quatro horas, a autoestrada Lagoa-Barra, principal via de ligação entre as zonas sul e oeste da cidade, onde ocorre o Rock in Rio.
O contingente de 950 militares foi anunciado pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, após troca de farpas com a gestão Luiz Fernando Pezão (PMDB).
Também foram registradas trocas de tiros em outras sete comunidades do Rio.
O secretário de Segurança, Roberto Sá, evitou demonstrar alarmismo. “O Rio não está em guerra. Tem uma situação de violência urbana difícil, como no resto do Brasil”, afirmou.
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