Madruga diz que saiu para evitar ‘ilações impróprias’
DE BRASÍLIA
Ao justificar sua saída do cargo na Procuradoria-Geral da República, o procurador Sidney Madruga disse, em carta endereçada à chefe da PGR, Raquel Dodge, que tomou a decisão “com a finalidade de evitar ilações impróprias e indevidas”.
A exoneração, segundo ele, é necessária “para não permitir que se atinja o trabalho dos colegas que integram a valorosa equipe e a gestão que se inicia”.
Madruga apenas diz que esteve um almoço noticiado pela imprensa, mas não se manifesta sobre o seu teor.
A PGR diz que Dodge “aceitou” o pedido de exoneração de Madruga.
Procurada pela Folha ,a advogada Fernanda Tórtima não se manifestou.
O procurador Eduardo Pelella enviou um ofício à Dodge nesta sexta (22) se colocando à “disposição” para esclarecimentos.
Pelella foi chefe de gabinete do antecessor de Dodge, Rodrigo Janot.
No ofício, ele menciona a reportagem da Folha que mostra o teor de uma conversa de Madruga em que o nome de Pelella é citado.
Ele diz que Madruga aludiu “ainda que, informalmente, à necessidade de investigação de supostos fatos envolvendo o subscritor no cumprimento de sua atividade institucional”.
“Informo a Vossa Excelência que, a exemplo do que ocorreu durante todo o período de transição, estou à disposição para qualquer esclarecimento que se entenda necessário”, disse.