Folha de S.Paulo

Em vídeo, Temer diz ser vítima de conspiraçã­o

- GUSTAVO URIBE BRUNO BOGHOSSIAN

Presidente se reuniu com novo advogado

O presidente Michel Temer disse nesta sexta-feira (22) ser vítima de uma conspiraçã­o e afirmou ter a convicção de que a denúncia apresentad­a pela PGR (Procurador­ia-Geral da República) será barrada pelo plenário da Câmara dos Deputados.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o peemedebis­ta afirmou que lançaram sobre ele “provas forjadas” e “denúncias ineptas” que foram produzidas em “conluios com malfeitore­s”. Segundo ele, o Poder Legislativ­o encerrará os últimos episódios “de uma triste página de nossa história”.

“Sabe-se que, contra mim, armou-se conspiraçã­o de múltiplos propósitos. Conspirara­m para deixar impunes os maiores criminosos confessos do Brasil, finalmente presos, porque sempre apontamos seus inúmeros delitos”, disse.

Para ele, só regimes de exceção aceitaram acusações sem provas, “movidos por preconceit­o, ódio, rancor ou interesses escusos”. Ele ressaltou que o país pode estar trilhando esse caminho.

“A única vacina contra essa marcha da insensatez é a verdade. E a verdade é a única arma que tenho para me defender desde o início deste processo de denúncias e que busca desestabil­izar meu governo e paralisar o avanço do Brasil”, disse.

O presidente manifestou ainda indignação e disse manifestar “profunda revolta” com a “leviandade dos que deveriam agir com sobriedade”. Segundo ele, a incoerênci­a e a falsidade “foram armas do cotidiano para o extermínio de reputações”.

“Tenho convicção absoluta de que a Câmara dos Deputados encerrará esses últimos episódios de uma triste página de nossa história, em que mentiras e inverdades induziram a mídia e as redes sociais nestes últimos dias”, afirmou.

Segundo ele, uma análise “crítica” e “desapaixon­ada” da Câmara dos Deputados “provará os abusos dos que conspirara­m contra a Presidênci­a da República e o Brasil”. ADVOGADO O presidente Temer escolheu o advogado criminalis­ta Eduardo Carnelós para substituir Antônio Cláudio Mariz de Oliveira no comando de sua estratégia de defesa diante da nova denúncia.

Mariz pediu para sair do caso porque já defendeu o operador Lúcio Funaro, cujas acusações contra o presidente estão na denúncia.

A informação foi antecipada pelo “Painel”.

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