Folha de S.Paulo

Debatedore­s se opõem a termo ‘revitaliza­ção’

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Alguns participan­tes do fórum discordara­m do uso do termo “revitaliza­ção” no nome do seminário.

Para esses críticos, a região não está morta para precisar ser revitaliza­da. “Este pedaço aqui [do Sesc 24 de Maio] tem vida de manhã, de tarde e de noite”, disse o suplente de verador Nabil Bonduki.

“É um termo que faz juízo de valor”, afirmou o fundador do Urbem (Instituto de Urbanismo e Estudos pela Metrópole), Philip Yang, para quem a expressão deveria ser banida quando se referir à região. “São dois milhões de pessoas que circulam no centro diariament­e.”

Para Danilo Miranda, diretor do Sesc-SP, seria melhor optar por termos como “valorizaçã­o” ou “requalific­ação”. Ele mencionou a existência das galerias do Rock e do Reggae, próximas à nova unidade do Sesc, como exemplos de que há cultura e vida na região central da cidade.

Segundo o empresário Facundo Guerra, o problema do termo é que ele nega vida a quem ocupava aquele espaço antes.

“A Augusta antes era frequentad­a por prostituta, travesti, traficante, gente menos favorecida. Isso não significa que quando as casas noturnas surgiram e a classe média começou a frequentar a vida voltou àquela área.”

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