Folha de S.Paulo

Petista ‘não é meu headhunter’, diz Suassuna, que nega benefício

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DO RIO

O empresário Jonas Suassuna negou que o ex-presidente tenha interferid­o no negócio. Ele afirma ter negócios na Espanha desde 1999, tendo inclusive entre seus executivos no país um ex-vice-presidente da Telefônica.

“Por que eu precisava dele? O presidente do meu escritório na Espanha [Luiz Scurra] tinha sido vice-presidente da Telefônica. Tinha todos os acessos”, diz ele.

Nos anos 1990, o grupo de Suassuna vendeu produtos editoriais colecionáv­eis que intermedia­va na Europa para vários jornais brasileiro­s, entre eles a Folha. Ele mantém um contrato ativo com o UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha.

“O fato de ter encontrado com o ex-presidente é porque eu estava lá. O presidente não é meu headhunter. Ele fez uma palestra sobre Brasil para um monte de gente da Telefônica. Eu estava lá, sentadinho como qualquer mortal”, declarou Suassuna.

O empresário disse também que a Vivo ganhou mais de R$ 100 milhões com o produto. Em nota, assessoria de Suassuna afirmou que a as acusações de Marco Aurélio Vitale são “fruto de tentativa frustrada de chantagem junto aos executivos da empresa”.

A Vivo disse, em nota, “que não houve interferên­cia de quem quer que fosse para que a empresa fechasse acordo com a Editora Gol”.

A defesa do Lula disse, em nota, que “jamais interferiu em qualquer ato comercial” de sócios de seu filho Fábio Luís Lula da Silva.

(IN)

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