Folha de S.Paulo

Renova terá orçamento 14% maior em 2018

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A fundação Renova, criada pela mineradora Samarco e por suas controlado­ras, BHP Billiton e Vale, para gerir trabalhos de reparação após o rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), deverá ter orçamento de R$ 2 bilhões para 2018.

Se concretiza­do, o valor será 14,28% maior que o previsto para este ano.

“A prioridade é a indenizaçã­o às famílias afetadas. Nossa ideia é fazer os principais pagamentos em 2018”, afirma Roberto Waack, biólogo e presidente da entidade.

A previsão é pagar R$ 500 milhões às vítimas do desastre no ano que vem. Esse montante, no entanto, é R$ 20 milhões menor que o valor deste ano.

Até setembro, a fundação executou 64,5% do R$ 1,75 bilhão orçado para 2017.

Ainda em 2018, a Renova prevê fazer investimen­tos de R$ 423 milhões em obras de infraestru­tura na região da maior tragédia ambiental da história do Brasil.

As principais delas serão na hidrelétri­ca Risoleta Neves, em Rio Doce (MG), que deverá retomar suas operações ainda no ano que vem; e na adutora de Governador Valadares (MG), com término previsto para 2019.

A fundação deverá iniciar também no próximo ano obras para que os 39 municípios da região afetada pela tragédia tenham o esgoto tratado, segundo Waack. Essas ações durariam entre dois e três anos.

“A fase de gastos emergencia­is está praticamen­te concluída. Agora, começaremo­s obras mais permanente­s”, diz Marcelo Figueiredo, diretor de programas da entidade.

A Renova foi criada após a assinatura de um termo de ajustament­o de conduta pela Samarco e suas acionistas. O plano inicial da fundação é gastar R$ 11,1 bilhões até 2030 no financiame­nto das suas atividades.

“Esse é nosso piso. Não sabemos quanto investimen­to será necessário para recuperar áreas degradadas e ressarcir os afetados”, diz Waack.

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Alan Marques - 22.dez.2016/Folhapress

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