Para se manter viável em 18, Meirelles admite ser vice
A empresários, ministro diz que ‘esse negócio de vice é até interessante’
Aliados do titular da Fazenda afirmam que frase foi pensada para manter sua condição de ator no xadrez eleitoral
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), disse, em palestra a empresários, nesta segunda-feira (30), que não é pré-candidato a presidente da República, mas que “esse negócio de vice é até interessante”.
Questionado por jornalistas após o evento, em São Paulo, disse que a frase foi uma “mera brincadeira”. “Não acredito que seja algo de grande interesse de minha parte”, desdisse.
Aliados do ministro, no entanto, avaliaram que a resposta foi pensada e demonstrou uma jogada política: ao mesmo tempo que negou ser candidato, Meirelles deixou seu nome vivo no tabuleiro eleitoral de 2018.
Na avaliação de seu grupo político, não há espaço para mais de um candidato de centro-direita disputar a Presidência em 2018, e o nome hoje mais forte para representar esse campo é o do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Com a ressalva de não serem perfis exatamente complementares, aliados de ambos disseram que eventual composição não seria desprezível. De um lado, Alckmin é o nome hoje mais bem posicionado e Meirelles, de outro, tem aceitação no mercado e seu partido, relevante tempo de televisão.
O grupo do ministro não considera hoje a eventual candidatura do apresentador Luciano Huck viável.
O presidente nacional do PSD, ministro Gilberto Kassab (Comunicações), não quis comentar eventuais articulações, mas elogiou Meirelles. “Ele é capacitado e está à altura de qualquer desafio que a vida pública possa lhe impor”, afirmou.
Aliado a Alckmin, o deputado Silvio Torres (PSDB-SP) foi cauteloso. Disse que, uma vez oficializada a pré-candidatura do governador, a formação de alianças será “fundamental”, assim como a apresentação de uma “proposta clara na economia”.
“O trabalho do governo nessa área está indo na direção certa, podemos avançar